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Medina garante "continuidade da trajectória de contas certas"

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O ministro das Finanças garantiu hoje aos seus homólogos da União Europeia (UE) a "continuidade da trajetória de contas certas", após as eleições legislativas que deram vitória à Aliança Democrática (AD), indicando que isso foi "muito bem recebido".

"Tive oportunidade de partilhar com vários colegas, e depois de viva voz a todo o Conselho, os resultados eleitorais em Portugal, e aquilo que me parece mais importante, a convicção de que o futuro Governo, que será liderado pela Aliança Democrática e pelo doutor Luís Montenegro, irá dar continuidade à trajetória de contas certas que o país tem seguido - é aliás o compromisso que assumiu no seu programa eleitoral e é minha convicção de que o irá prosseguir e continuar", disse Fernando Medina, falando à imprensa portuguesa em Bruxelas, no final de uma reunião do Ecofin.

"Quis transmitir essa mensagem de continuidade aos nossos parceiros europeus, de que isso irá ser prosseguido. Fi-lo com a convicção de que será feito e com o que está escrito nesse compromisso político", adiantou o ministro português das Finanças, após ter falado com os seus homólogos comunitários.

Dois dias após as eleições legislativas em Portugal que deram vitória à AD, o governante salientou que esta garantia "foi particularmente bem recebida", notando, porém, que "caberá ao futuro Governo fazer prova disso mesmo".

"Transmiti aquilo que é a minha leitura e a minha análise da situação", mas de resto "é a vida democrática normal, todos os Estados-membros têm eleições", disse ainda Fernando Medina.

Garantindo que ficará como deputado à Assembleia da República, o ainda governante comentou que, no que toca à representatividade da extrema-direita, "Portugal era um quadro de exceção ao quadro que já vai mais avançado noutros países", o que mudou com as eleições de domingo.

A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 29,49% dos votos e 79 deputados, contra os com 28,66% e 77 deputados alcançados pelo PS, quando ainda falta atribuir os quatro mandatos do círculo da emigração.

O Chega quadruplicou o número de deputados para 48, com 18,06% dos votos.

A IL conquistou oito deputados (5,08%), o BE manteve os cinco deputados (4,46%), a CDU diminuiu o número de deputados face a 2022 para quatro (3,3%).

O Livre vai formar pela primeira vez grupo parlamentar, tendo conseguido alcançar quatro deputados (3,26%), enquanto o PAN mantém-se com um deputado (1,93%).