Albuquerque ataca o carácter dos que revelam excesso de ambição e desconsideração com o passado
Recado foi dado durante a intervenção na cerimónia das casas do povo
‘Cheirou’ a resposta às críticas dos adversários nas eleições directas do PSD/M o aparte que Miguel Albuquerque teve esta manhã durante a intervenção na cerimónia de assinatura de contratos-programa com as Casas do Povo da Região Autónoma da Madeira, realizada no Convento de Santa Clara, no Funchal.
Embora na qualidade de presidente do Governo Regional, o também presidente do PSD/M a dada altura do discurso desviou-se do assunto que o levou ao evento, as casas do povo, para num “exercício de memória” apontar que “há pessoas que não têm memória por excesso de ambição, outras vezes por que não tem consideração com o passado, portanto têm um problema de carácter e de compreensão da realidade”, afirmou, sem ser explícito quanto ao alvo do desabafo.
Entre os presentes houve quem tivesse entendido a declaração como resposta a declarados apoiantes da candidatura de Manuel António Correia na disputa do lugar agora ocupado por Miguel Albuquerque – que é (re)candidato – na liderança do PSD/M.
De resto, e tal como fizera antes à comunicação social, o presidente do Governo Regional aproveitou a cerimónia para realçar e agradecer “o trabalho fantástico” das casas do povo em prol das populações e lembrar que a tranche hoje assinada está destinada a “assegurar as despesas de funcionamento das casas do povo”, prometendo “uma segunda tranche” através de novos protocolos a serem assinados futuramente, essa sim a “contemplar um conjunto de actividades que estão atribuídas às casas do povo e que não se inserem nas despesas de funcionamento”.
Depois de enaltecer o papel “importantíssimo” desempenhado por estas “instituições de proximidade”, Albuquerque assegurou: “Nunca me arrependi nem nunca me vou arrepender de reforçar o papel da intervenção das casas do povo em cooperação com as outras instituições na área Social, no desenvolvimento da coesão dos apoios necessários a quem mais precisa”. Justificou este entendimento por reconhecer nas casas do povo “papel cada vez mais imprescindível no quadro das políticas sociais na Região”.