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Editorial

Ao que isto chegou!

O País que deitou fora uma maioria absoluta por causa de um parágrafo judicial, que António Costa invocou para se demitir, está agora confrontado com novo impasse governativo. E se nos Açores, as eleições antecipadas deixaram quase tudo na mesma, as precipitadas Legislativas Nacionais tiveram o condão de mudar protagonistas para que tudo fique bem pior. Neste lodo, que se antevê cíclico, se não houver responsabilidade acrescida de quem perdeu o sufrágio, tem a palavra, uma vez mais, o Presidente da República. É possível governar em minoria ou com recurso a habilidosas e improváveis negociações, já que nem AD, nem PS ousam meter o Chega na equação, partido que nos 50 anos da democracia ocupa 48 lugares no parlamento nacional e atinge números nunca vistos, rebuscadamente atribuídos a méritos divinos por quem se recusa descer à terra. Cabe então a Marcelo Rebelo de Sousa revelar se é desta forma que Portugal entra num novo ciclo, “decisivo para o arranque da economia, para as condições de vida de todos, especialmente os mais pobres, os mais excluídos, os mais dependentes” e num “momento de dar nova vida, em estabilidade e em segurança, à nossa Liberdade, Igualdade e Democracia”. E se a Madeira passará por processo idêntico, mesmo que entre divórcios e outras desavenças, a governabilidade insular em gestão corrente também não seja saudável. Lembre-se que “baixar os braços é sempre a pior solução” e que os portugueses já fizeram hoje a sua parte, como encarecidamente pediu.

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