Resultado abre “boas perspectivas” ao ADN
A Alternativa Democrática Nacional (ADN) obteve 1,57 % (o equivalente a 2.348 votos), nas eleições deste domingo. Embora não tenha conseguido representação parlamentar na Assembleia da República, o cabeça-de-lista pelo círculo da Madeira, Miguel Pita, registou a “subida substancial” nas votações, face aos 0,43% (550 votos) do partido em 2022.
“É realmente uma subida muito grande do número de votos. Há seis meses atrás nós tivemos 617 votos [nas eleições legislativas regionais] e agora passamos para 2.348. Agradeço, desde já, a todas as pessoas que votaram no ADN e que confiaram no projecto político”, manifestou o gerente hoteleiro, de 51 anos.
Miguel Pita atribui este resultado foco em temas “acutilantes”. Por exemplo, em entrevista ao DIÁRIO, no passado dia 8 de Fevereiro, o candidato assumia que a “liberdade, direitos e garantias” era a prioridade do ADN. Não obstante, algumas das propostas da candidatura passavam por “revogar, reverter e rever algumas das Leis aprovadas na Assembleia da República”, nomeadamente a Lei da Ideologia de Género, impedindo que menores de idade pudessem realizar operações de mudança de sexo e/ ou a mudança da menção do sexo no registo civil.
“Nós abordamos temas diferentes, temas mais acutilhantes, temas também muito desconfortáveis, aqueles temas que as pessoas não querem que toquemos”, enfatiza Miguel Pita, que ganhou também visibilidade ao ser um dos protagonista do movimento negacionista, “contra a vacinação experimental [contra a covid-19]” na Região.
O cabeça-de-lista pela Madeira à Assembleia da República, que militou no Chega durante três anos, considerou também que este resultado eleitoral do ADN “abre também boas respostas para as próximas eleições, caso elas aconteçam aqui na Madeira”.
A nível global fez uma “uma leitura muito positiva” da prestação do seu partido – formado em Setembro de 2021 – a despeito da falta de meios, quer em termos de orçamento, quer de meios humanos.
“Não consegui levar pessoas para a rua porque não tinha muita gente, mas também já passei por isso no passado quando eu estava no Chega também era assim”.
Sobre o resultado do seu antigo partido, Miguel Pita voltou a ser acutilante: “A minha opinião é que o PSD não elegeu três, mas sim quatro deputados na Madeira (…). PSD é igual a Chega”, atirou.