Livre festeja crescimento com cautela e ainda acredita em maioria à esquerda
A 'número dois' do Livre por Lisboa afirmou que as primeiras projeções sobre as legislativas de hoje "mostram que há espaço para a esquerda verde europeia em Portugal", mas manifestou cautela, esperando que ainda seja possível uma maioria à esquerda.
"Ainda é muito cedo para nos pronunciarmos sobre cenários nacionais e de governabilidade", começou por dizer Isabel Mendes Lopes, no Teatro Thalia, local onde está a decorrer a noite eleitoral do Livre.
Apesar de manifestar cautela, Isabel Mendes Lopes fez questão de salientar que o Livre tinha três objetivos nestas legislativas antecipadas: "crescer e eleger um grupo parlamentar, ajudar a esquerda a ser o maior campo político em Portugal, tanto em votos como em mandatos, e afastar extremistas do poder".
"Devemos dizer que o primeiro se parece confirmar e que os outros dois estão em aberto, principalmente se considerarmos que a esquerda está a par com a direita democrática tanto em votos como mandatos", apontou.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV dão o Livre com percentagens entre 2,1% e 6,1% - em 2022, nas últimas legislativas, o partido obteve 1,28% dos votos e elegeu um deputado, Rui Tavares.
Frisando que "ainda é cedo", Isabel Mendes Lopes considerou que "estas primeiras sondagens mostram que há espaço para a esquerda verde europeia em Portugal e o Livre está cá para isso".
"Ainda é muito cedo para sabermos os resultados finais, vamos aguardar. Temos esperança que ainda seja possível uma maioria de esquerda, mas será sempre como dissemos: se houver uma maioria de esquerda seremos parte da solução, se houver uma maioria de direita faremos parte da oposição", respondeu a deputada municipal em Lisboa, questionada pelos jornalistas.
Se antes das projeções o ambiente estava calmo e expectante, quando foram conhecidas as primeiras projeções, os membros e apoiantes presentes no Teatro Thalia - cerca de uma centena - festejaram e bateram palmas.
As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV dão a vitória à Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas de hoje, com entre 27,2%% e 33,2% dos votos, seguindo-se o PS, com entre 23,8% e 29,8%.
O Chega aparece como a terceira força política, com uma votação entre 14% a 21,6%, à frente da Iniciativa Liberal (IL), com um intervalo entre 3,3% e 7,3%.
O intervalo do Bloco de Esquerda (BE) varia entre 2,7% e 6,7%, enquanto o Livre tem entre 2,1% e 6,1%.
A grande surpresa é o ADN, que dá uma margem entre zero e 2,9%.