Esta Autonomia é o fim da história?...
Há que ver para além do horizonte, continuar a sonhar e aproveitando o legado dos nossos avós
Mia Couto defende que “Um imperador termina quando morre [mas] um império faz morada na nossa cabeça e permanece vivo mesmo depois de desaparecer”. Situação que percebo bem, pelo modo como os órgãos de soberania nacional e os seus “ocupantes” tratam a Autonomia Madeirense. A incapacidade cultural, dos centralistas, em aceitarem esta revolução político-organizacional, decorrente do Abril que tanto exaltam, leva-os a sonegar o que está constitucionalizado, razão que induz António Barreto a dizer que “A opressão ou o desprezo do Estado central pelas regiões insulares, (...) tiveram sempre um suplementar cariz colonial”. Agravado, note-se, desde 1997, pela integração, na Constituição, do princípio da Subsidiariedade, que é um princípio reitor da organização e funcionamento do Estado, aplicável às relações externas com a UE e às internas, com as Autonomias.