Ao DIÁRIO o secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, explicou que antes de chegar à Região a cidadã, cuja idade não foi possível confirmar, já havia passado pelos Açores e Portugal continental, acabando por apresentar sintomas na Madeira.

“Aquilo que a Região Autónoma da Madeira tem de continuar a fazer é ter uma atenção sobre esta mobilidade transfronteiriça para que situações de saúde pública que não estão completamente controladas em alguns países, porque a taxa de vacinação é completamente diferente da taxa de vacinação em Portugal, sejam sempre identificadas para depois fazermos o controlo”, disse.

Reforça que é não é uma situação que deve causar alarme para a população madeirense: "A nossa taxa de vacinação na Madeira é superior a 98%, portanto isto significa que nós estamos protegidos, mas não podemos deixar de estar alerta para identificar estas situações quando aparecem", rematou Pedro Ramos. 

À margem da visita à exposição da Protecção Civil, na Praça do Povo, no âmbito do Dia Internacional da Protecção Civil, o secretário regional explicou, relativamente às baixas médicas passadas pelos médicos no serviço de urgência, refere que é uma situação que já acontecia na Região.

"Nós, até quando eu era director do Serviço de Urgência, já começávamos a admitir essa possibilidade, utilizando todas as estruturas que funcionavam em termos de urgência, nomeadamente no que diz respeito da parte da secretaria da urgência e mesmo os funcionários, que acabavam por preencher os documentos e depois o médico colocava a vinheta e ponha a sua assinatura".

A partir de hoje entram em vigor novas regras para a emissão de certificados de incapacidade temporária, nomeadamente para esta situação em específico.

"Em primeiro lugar existe já a auto-declaração de doença, que é durante três dias, que não obriga, nem é necessário passar qualquer certificado de incapacidade. Por outro lado, os azuis e os verdes, não vão ser observados e, como tal, não podem pedir esse certificado de incapacidade. [...] Todos aqueles vermelhos, laranja e amarelos, que têm necessidade de ir ao serviço de urgência, se o médico assim o entender, têm a possibilidade de passar um certificado de incapacidade".