Hezbollah lança dezenas de foguetes contra quartel pela segunda vez em 24 horas
O grupo libanês Hezbollah reivindicou hoje o lançamento de dezenas de foguetes contra um quartel militar no norte de Israel, no segundo ataque do género em menos de 24 horas e quando se intensifica o fogo cruzado.
De acordo com um comunicado divulgado pelo movimento xiita, projéteis do tipo 'Katyusha' foram disparados por volta das 17:50 (15:50) contra o quartel Quela nas Colinas de Golã, um território que Israel capturou na Síria na Guerra dos Seis Dias de 1967.
Este é o segundo lançamento em massa de foguetes desde quinta-feira à noite, quando disparou dezenas do mesmo tipo de projétil contra uma base que abriga o quartel-general da Terceira Brigada de Infantaria do Exército israelita.
Poucas horas antes desse primeiro lançamento, o Hezbollah tinha atacado a Base de Vigilância Aérea de Meron, também no norte de Israel e um dos maiores alvos da formação desde o início dos combates, há quatro meses.
Segundo informações do grupo xiita, o centro Meron é o único destinado à "gestão, vigilância e controlo aéreo" no norte de Israel e coordena todas as operações aéreas israelitas contra o Líbano, a Síria e outros países próximos.
Esta intensificação das ações ocorreu depois de três pessoas terem ficado feridas na quinta-feira, na sequência de um ataque israelita com 'drone' contra a cidade de Nabatieh, longe da fronteira comum e que nunca tinha sido atacada desde outubro.
O Hezbollah ainda não confirmou se as vítimas pertencem às suas fileiras, enquanto o Exército israelita mencionou Nabatieh entre as zonas que atacou quinta-feira e que teve como alvo um camião com armas, infraestruturas ou uma instalação militar do movimento libanês, sem apresentar mais detalhes.
O fogo cruzado decorre desde 08 de outubro e começou com uma reação do Hezbollah à guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, naquela que é a pior escalada de violência desde a guerra travada por ambos no verão de 2006.
O ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.
Desde então, quase 28.000 palestinianos, a grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, foram mortos na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos e operações militares israelitas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.