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Forças israelitas invadem hospital no sul da Faixa de Gaza

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Foto Arquivo/ AFP

As forças israelitas invadiram hoje um hospital em Khan Younes, uma cidade no sul da Faixa de Gaza que sitiam há várias semanas, anunciou o Crescente Vermelho Palestino (PRCS), que gere o estabelecimento.

"As forças de ocupação [israelitas] invadiram o hospital Al-Amal e começaram a revistá-lo", anunciou o PRCS, em comunicado, acrescentando que estão a ter dificuldades de comunicação com as equipas no local.

O exército israelita confirmou à AFP que as suas tropas lançaram uma operação de busca naquele hospital, depois de ter recolhido "informações que indicam que o Hamas estava a realizar atividades terroristas" no complexo.

Na quinta-feira, o PRCS relatou "bombardeamentos intensos" e "tiros pesados" à volta do edifício.

A organização não-governamental (ONG) de assistência médica pede há vários dias que aquele hospital seja protegido e que possa continuar a abastecer-se de bens necessários, destacando a escassez de oxigénio, medicamentos e combustível que alimenta os geradores de eletricidade.

No início desta semana, o Crescente Vermelho disse que 8.000 pessoas que se refugiaram em Al-Amal e na sua sede local próxima foram retiradas.

Um vídeo divulgado pela PRCS mostra um médico a empurrar uma cama sobre rodas com uma idosa por uma rua danificada.

Cerca de 40 pessoas deslocadas, 80 pacientes e 100 funcionários permaneceram no hospital após a evacuação, informou o PRCS na segunda-feira.

Embora em teoria beneficiem de proteção especial ao abrigo das leis da guerra, os hospitais têm sido regularmente alvo de ataques desde o início da guerra, em outubro.

Segundo informação da ONU divulgada na quarta-feira, já não há hospitais a operar normalmente na Faixa de Gaza e pouco mais de um terço continua a operar com dificuldades.

O ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro, resultou na morte de mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.

Cerca de 250 pessoas foram ainda sequestradas e levadas para Gaza. Segundo Israel, 132 reféns ainda estão detidos, dos quais 29 terão morrido.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou pelo menos 27.947 mortos, a grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamista Hamas.