Condutores madeirenses começaram a soprar o ‘balão’ há 40 anos
Reveja as notícias da edição de 9 de Fevereiro de 1984
Todas as semanas, a PSP realiza, na Madeira, acções de fiscalização de trânsito em que recorre a um alcoolímetro para detectar os condutores que ingeriram bebidas alcoólicas acima do limite permitido por lei e que não se encontram em condições de circular nas estradas. O chamado ‘balão’ foi apresentado à sociedade madeirense há precisamente 40 anos.
Na edição do DIÁRIO de 9 de Fevereiro de 1984 noticiava-se que, na véspera, a Polícia de Segurança Pública tinha sido dado início à “fase experimental do controlo anti-alcoolismo”, que passaria “a fiscalizar minuciosamente a condução sob os efeitos do álcool”. Três brigadas tinham sido posicionadas nas zonas do Almirante Reis e na Estrada Monumental (junto ao Edifício Navio Azul) e realizaram demonstrações da utilização daquele equipamento aos condutores, ao mesmo tempo que distribuíam folhetos informativos.
A reportagem que acompanhou as ditas demonstrações explicava que o exame do álcool no ar expirado seria realizado por um agente policial e com equipamento adequado. Se os resultados do exame ”justificarem fundada suspeita de infracção à lei”, o examinado seria “imediatamente impedido de conduzir e submetido o mais rapidamente possível à observação de um médico#, o qual colheria uma amostra de sangue para análise laboratorial e elaboraria um relatório clínico sobre o respectivo estado.
Na notícia publicada pelo DIÁRIO citavam-se estudos que indicavam que mais de metade dos condutores portugueses envolvidos em acidentes rodoviários encontravam-se alcoolizados, mas ao mesmo tempo garantia-se que na Madeira o álcool não era o principal factor que contribuía para os acidentes de viação.
Segundo o Código da Estrada, é proibido conduzir sob influência de álcool ou substâncias psicotrópicas. De acordo com a legislação, isto corresponde a uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l. Uma taxa igual ou superior a 1,2 g/l é considerada um crime punível com pena de prisão.
Em 9 de Agosto de 2009, em Santa Cruz, um condutor de 41 anos foi detido pela PSP após registar 3,88 g/l de taxa de alcoolémia no sangue. O homem foi obrigado a soprar o 'balão' depois de ter provocado um acidente de viação.
O recorde em Portugal pertence a Fernando Umbelino, um trabalhador da indústria dos mármores, que foi apanhado num controlo de trânsito da GNR na aldeia de Freixedas, Pinhel, em Junho de 2000, com uma taxa de alcoolemia de 7,84 g/l .