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Libertados 71 palestinianos detidos na Faixa de Gaza

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Foto MOHAMMED SABER/LUSA

As forças israelitas anunciaram hoje a libertação de 71 palestinianos previamente detidos na Faixa de Gaza no âmbito da ofensiva militar desencadeada após os ataques do movimento islamita Hamas em 07 de outubro.

Os detidos, incluindo 17 mulheres, foram libertados através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom, designada Karm Abu Salem pelos palestinianos, na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza.

No entanto, as autoridades israelitas não têm fornecido informações sobre o número de detidos em Gaza que permanecem nas suas prisões, com as autoridades palestinianas a denunciaram constantes "desaparecimentos forçados", indicou a agência noticiosa palestiniana WAFA.

A Sociedade de Presos Palestinianos (PPS na sigla em inglês) indicou que pelo menos 8.800 palestinianos da Cisjordânia e de Jerusalém leste permanecem detidos em prisões israelitas, incluindo mais de 3.290 em detenção administrativa, sem acusação formal ou julgamento.

A ofensiva de Israel provocou até ao momento mais de 27.800 mortos e 61.317 feridos na Faixa de Gaza, de acordo com dados do ministério da Saúde local controlado pelo Hamas.

Na Cisjordânia e em Jerusalém leste, regiões ocupadas desde 1967, já foram mortos desde 07 de outubro 375 palestinianos em operações desencadeadas pelo Exército ou pelos colonos.

No ataque do Hamas a território israelita em 07 de outubro foram mortas 1.140 pessoas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.