DNOTICIAS.PT
Madeira

Ambientalistas entendem que "primeira batalha está ganha" em relação à estrada das Ginjas

None
Foto Cátia Gouveia/SPEA

As nove associções ambientalistas que se juntaram para se opor ao projecto de pavimentação da estrada das Ginjas, no interior da floresta Laurissilva, no concelho de São Vicente, dizem ter valido a pena a luta levada a cabo contra essa obra, e referem que "recebem com ânimo e esperança redobrada as declarações da Secretária Regional de Agricultura e Ambiente [Rafaela Fernandes], que vieram consolidar a retirada da verba destinada à estrada das Ginjas no Orçamento do Governo Regional da Madeira para 2024", podemos ler no comunicado conjunto difundido pela Sociedade Portugesa para o Estudo das Aves (SPEA). 

Na mesma nota, dizem ser um "autêntico balão de oxigénio" esta mudança de planos, o que leva estas associações a considerarem que "a primeira batalha está ganha".

Este é, no seu entender, "uma vitória que é fruto do trabalho conjunto destas organizações não-governamentais, que deram parecer negativo no processo de discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) e, mais recentemente, interpuseram uma acção no Tribunal Administrativo do Funchal para impugnação da Declaração de Impacte Ambiental favorável a esta construção que hipoteca o futuro da Floresta Laurissilva, Património Mundial Natural da UNESCO". 

“Esta nossa acção travou, para já, o projecto e esperamos que esta pausa sirva para que a justiça actue, e que mais tempo traga também maior lucidez aos novos governantes com a tutela da protecção do bem natural da floresta Laurissilva”, diz Domingos Leitão, director executivo da SPEA.

Além da SPEA, ‘assinam’ o comunicado a Associação Natureza Portugal - ANP/WWF Portugal, a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, a FAPAS - Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, a Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) e a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.