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Madeira

Pescado capturado e gado abatido diminuíram em 2023

Ao contrário da pesca em alto mar, a aquacultura diminui na produção e no valor.  Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress
Ao contrário da pesca em alto mar, a aquacultura diminui na produção e no valor.  Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress

As empresas da Região que desenvolvem a atividade da avicultura industrial, produziram 32,7 milhões ovos, "aumentando 6,4% face ao ano anterior", uma "tendência idêntica foi registada no abate de frango, cujo volume rondou as 3,5 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 6,9% comparativamente a 2022", segundo dados apurados pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) junto do sector, informa hoje em mais uma divulgação.

"Por sua vez, no ano em referência, o abate de gado totalizou 959,0 toneladas, diminuindo 6,3% face ao ano precedente. Este decréscimo deveu-se à quebra observada no abate de bovinos (-6,4%) e no abate de suínos (-6,0%). Registe-se que a espécie que mais contribuiu para o total de gado abatido foi a raça bovina (93,7% do total)", acrescenta.

Já no domínio da pesca, com dados fornecidos pela Direção Regional de Pescas (DRP) e também parcialmente divulgados pelo DIÁRIO, "mostram que o ano de 2023 foi caraterizado por um ligeiro decréscimo de 0,2% nas quantidades capturadas de pescado, cifrando-se o total anual em 4,7 mil toneladas. No que se refere ao valor de primeira venda, este subiu 17,1%, com o acumulado anual a rondar os 18,2 milhões de euros", algo que qualquer consumidor de peixe terá percebido na peixaria.

Diz ainda a DREM que "a evolução nas quantidades resultou fundamentalmente do decréscimo registado nas capturas de peixe-espada preto (-6,2%), embora as quantidades de cavala e de outras espécies também tivessem diminuído, -0,3% e -5,1%, respetivamente. Já as capturas de atum e similares registaram um aumento de 6,7% relativamente ao ano anterior".

Continuando, refere que "o peixe-espada preto foi a espécie mais abundante em 2023, totalizando 2.118,7 toneladas (45,1% do total de pesca descarregada), seguido do atum e similares, que atingiu um total de 2.056,8 toneladas (43,7%)", o que significa que, juntas, as duas espécies totalizaram 88,8% da pesca descarregada na Região. "Em termos de receita na primeira venda, o peixe-espada preto registou um aumento significativo de 33,2% face a 2022, totalizando 9,9 milhões de euros, enquanto o atum e similares aumentou em menor proporção, +1,5%, para um valor de 6,3 milhões de euros", destaca.

Como referido, os consumidores sentiram na carteira estes valores, pois "em 2023, o preço médio de pescado apurado na primeira venda (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) cresceu 16,7%, para 3,93€ (3,37€ em 2022), atingindo, no caso do peixe-espada preto, os 4,79€ (3,39€ em 2022) e, no do atum e similares, os 3,10€ (3,26€ em 2022)".

No outro âmbito dos 'frutos do mar', a produção da aquicultura diminuiu consideravelmente, afectando também o valor das vendas. "De acordo com a informação recolhida pela DREM junto das empresas de produção de aquicultura na Região, em 2023, foram produzidas 1.395,0 toneladas de dourada, -12,7% que em 2022. Por sua vez, as vendas rondaram os 8,0 milhões de euros, decrescendo 5,4% face ao ano anterior", embora seja de realçar que "87,4% do valor de vendas diz respeito ao mercado nacional (Continente e Açores) e apenas 12,0% ao mercado regional".