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Investigação Judicial Madeira

Pedro Calado continua a ser ouvido às 9h30 de amanhã

Advogado volta a criticar condições e tempo de detenção e faz votos de que a inquirição termine amanhã

Advogado Paulo Sá e Cunha
Advogado Paulo Sá e Cunha, Foto MP

Pedro Calado, o último de três arguidos detidos no âmbito do processo de alegada corrupção na Madeira, a ser ouvido pelo juiz de instrução criminal em primeiro interrogatório judicial continua a prestar esclarecimentos esta quinta-feira, 8 de Fevereiro. O advogado de defesa voltou a criticar o período da fase de inquérito, afirmando que "ideal era que já tivesse terminado". 

Os trabalhos de hoje ficaram concluídos pelas 17 horas. À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, Paulo Sá e Cunha deu nota de que o interrogatório vai "a meio" pelo que acredita que deverá ficar concluído amanhã após "abranger todos as matérias indiciárias". 

"Espero que termine amanhã, com toda a franqueza, mas não vos posso garantir", apontou, lembrando que a duração da fase de inquérito tem sido muito superior do que o previsto.

Recusando fazer comentários sobre a diligência em si, Sá e Cunha disparou que "duas semanas já é, de facto, um tempo excessivo" para a duração da fase de inquérito, voltando a propor que mais do que um juiz proceda aos interrogatórios em casos complexos, descrevendo que Pedro Calado, à semelhança dos outros arguidos e de todos os envolvidos, está "cansado" com o delongar do processo.

O defensor do ex-autarca apontou ainda que as celas do estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, onde os arguidos estão detidos há duas semanas, "são celas com muito más condições, são pequenas, não têm visitas, não têm passeios porque estão pensadas para detenções rápidas e não para manter lá pessoas por duas semanas ininterruptas". 

Ainda assim, o advogado destacou que as duas semanas de duração têm permitido à defesa "exercer os seus direitos", com a preparação devida dos arguidos com base na análise dos elementos de prova.