Taxa de desemprego na Madeira aumentou 1,4 pontos no 4.º trimestre de 2023
No 3.º trimestre era de 4,8% e no último trimestre ascendeu a 6,2%, ligeiramente abaixo do trimestre homólogo (6,8%)
No ano passado, a taxa de desemprego na Madeira caiu para 5,9%, melhorando significativamente face a 2022 (7,0%), embora no último trimestre tenha ocorrido um aumento de 1,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior, passando de 4,8 no 3.º trimestre para 6,2% no 4.º trimestre. Os dados, resultantes do Inquérito ao Emprego relativos ao final do ano 2023, divulgados hoje pela DREM, indicam ainda que a taxa de desemprego ficou abaixo do trimestre homólogo, em 0,6 pontos percentuais.
"A população empregada fixou-se em 129,4 mil pessoas, tendo aumentado 3,6% em termos homólogos (+4,5 mil pessoas) e diminuído 2,1% em relação ao trimestre precedente (-2,8 mil pessoas). Da população empregada, 14,3 mil pessoas trabalharam em casa, correspondendo 13,2% das mulheres empregadas e 9,0% dos homens empregados", estima a Direção Regional de Estatística da Madeira. Assim, "a estimativa da população desempregada, apurada em 8,6 mil pessoas, diminuiu 5,5% face ao trimestre homólogo (cerca de 500 pessoas) e aumentou 28,0% comparativamente ao trimestre anterior (cerca de 1,9 mil pessoas)", sinaliza.
Já "a população inativa, estimada em 117,4 mil pessoas, recuou 1,2% face ao trimestre homólogo e aumentou 1,2% em comparação com o trimestre anterior", denotando-se por isso o que pode ser o início de uma nova tendência - é um aumento após três trimestres consecutivos em queda -, ainda que seja prematuro afirmá-lo.
No que à taxa de atividade das pessoas em idade ativa (16 aos 89 anos) diz respeito, no referido último trimestre de 2023, esta "foi estimada em 62,5%, valor superior ao trimestre homólogo em 1,1 p.p. e inferior em 0,5 p.p. se estabelecida a comparação com o trimestre precedente. A taxa de atividade nas mulheres foi de 57,2%, sendo inferior à dos homens (68,7%) em 11,5 p.p.".
De primeiro para quinto, mas o maior aumento trimestral
No País, "a taxa de desemprego no trimestre em análise situou-se em 6,6%, registando um aumento de 0,5 p.p. face ao trimestre anterior e mantendo-se igual à taxa do trimestre homólogo", sendo que "as regiões que apresentaram as taxas de desemprego mais elevadas foram o Norte com 7,3%, a Área Metropolitana de Lisboa, com 7,0% , e a Região Autónoma dos Açores (RAA) com 6,9%. No polo oposto as regiões do Centro, Alentejo e Algarve registaram as taxas mais baixas, situando-se em 5,5%, 5,8% e 5,9%, respetivamente. A RAM ocupou uma posição intermédia, com uma taxa de desemprego de 6,2%", mas tendo ocupado o primeiro lugar no trimestre anterior, em 'parceria' com o Algarve.
Mas, salienta ainda a DREM, "a taxa de desemprego aumentou em termos trimestrais em todas as regiões, com a exceção do Alentejo que registou uma diminuição de 0,1 p.p.. As maiores variações trimestrais ocorreram na RAM (+1,4 p.p.), no Algarve (+1,1 p.p.) e na RAA (+0,9 p.p.). Por outro lado, as regiões que registaram os menores aumentos foram a Área Metropolitana de Lisboa (+0,4 p.p.), o Centro (+0,5 p.p.) e o Norte (+0,6 p.p.)".
No que toca ao comparativo em termos homólogos, "a taxa de desemprego diminuiu 0,6 p.p. na RAM e na Área Metropolitana de Lisboa e 0,5 p.p. no Algarve", dá conta do outro lado (positivo) da perspectiva. "Nas restantes regiões NUTS II (NUTS 2013), o sentido foi inverso, com a RAA a registar o maior aumento (+1,4 p.p.), seguido pelo Norte (+0,5 p.p.), pelo Alentejo (+0,3 p.p.) e pelo Centro (+0,2 p.p.)", acrescenta.
Média anual mais baixa em 13 anos
Voltando o início, "em termos de média anual, em 2023, a taxa de desemprego na RAM foi estimada em 5,9%, valor inferior em 1,1 p.p. face ao ano anterior. Trata-se do valor mais baixo da série iniciada em 2011", garante a DREM. "Em termos de média anual, a taxa de desemprego em Portugal situou-se em 6,5% em 2023, o que representa um aumento de 0,4 p.p. em relação a 2022".
Diz a autoridade estatística regional que "em 2023, a taxa de desemprego diminuiu em três regiões. Na RAM houve uma diminuição de 1,1 p.p., atingindo-se uma taxa de 5,9%. No Algarve a redução foi de 0,3 p.p., tendo-se obtido uma taxa de 5,7%, enquanto na Área Metropolitana de Lisboa a diminuição foi de 0,1 p.p., situando-se a taxa de desemprego anual em 7,2%. Por outro lado, o Alentejo registou um aumento de 1,1 p.p., atingindo uma taxa de 6,0%. Na região Norte, o aumento foi de 1,0 p.p., situando-se em 7,0%. Já na RAA houve um acréscimo de 0,4 p.p. com a taxa de desemprego a atingir 6,4%. A região Centro foi a única a manter a taxa de 2022, permanecendo em 5,2%", conclui.