Região atribuiu Medalha de Mérito Turístico a Max há 44 anos
Maximiano de Sousa recebeu a distinção das mãos de Alberto João Jardim
Há 44 anos, o Governo Regional atribuída o Diploma e a Medalha de Mérito Turístico ao artista madeirense Maximiano de Sousa, mais conhecido por Max.
Conforme noticiava o DIÁRIO, na sua edição de 7 de Fevereiro de 1980, esta distinção havia sido proposta pela Direcção Regional de Turismo, tendo sido aceite pelo então presidente do executivo madeirense.
No dia anterior, Alberto João Jardim recebia Max e a esposa, Luciana de Sousa, na Quinta Vigia, informando-os de que a cerimónia pública para oficializar esta homenagem teria lugar no Savoy Hotel, num jantar que estava agendado para o dia seguinte, 8 de Fevereiro.
Nessa sua vinda à Madeira, Max passou por diversos lugares que lhe eram caros, nomeadamente pela ilha do Porto Santo; pelo Almirante Reis, onde trabalhou numa loja onde trabalhou com o seu pai, e por uma alfaiataria, que trocou pela escola. Além disso, no roteiro que foi filmado pela RTP, visitou a boate onde Toni Amaral iniciou uma carreira de sucesso e o local onde funcionou o desaparecido ‘Flamingo’.
Quando foi recebido pelo presidente do Governo, Max fez questão de agradecer a homenagem que lhe fora prestada em Janeiro de 1979, bem como a pensão de reforma, no valor de 15 contos, que lhe fora atribuída.
“Durante a audiência, o grande divulgador do ‘Bailinho da Madeira’ narrou alguns bons e pitorescos momentos da sua vida artística, após o que o presidente do Executivo madeirense lhe sugeriu que escrevesse um livro com as suas memórias”, podemos ainda ler na referida notícia, ilustrada com uma foto captada pelo fotógrafo Mário João, onde vemos Alberto João Jardim a conversar com o casal Sousa.
Max celebrizou-se não só pela sua interpretação do ‘Bailinho da Madeira’, mas também por temas como ‘Mula da Cooperativa’, ‘Pomba Branca’, ‘Noites da Madeira’, 'Casei com uma Velha' ou ‘Porto Santo’. Nasceu no Funchal, a 20 de Janeiro de 1918, embora só tenha sido registado no dia 2 de Fevereiro seguinte. Morreu , em Lisboa, a 29 de Maio de 1980.
Na mesma edição, além das muitas notícias da actualidade internacional, com destaque para a resistência passiva dos afegãos à agressão soviética ou o assalto à embaixada de Espanha em São Salvador, na América Central.
De âmbito nacional, foi noticiada a publicação, em ‘Diário da República’, do “decreto regulamentador do SNS” ou o tombo de um autocarro de dois pisos, em Lisboa, provocando nove feridos.