Ataque com mísseis contra região centro da Síria causa quatro mortos
Israel atacou hoje com mísseis a região centro da Síria, causando quatro mortos, incluindo civis, na terceira ação do género atribuída ao Estado judeu numa semana, adiantaram os 'media' estatais do país árabe e uma organização não-governamental (ONG).
A agência oficial de notícias SANA e a autoridade geral de rádio e televisão garantiram que as defesas antiaéreas sírias conseguiram abater alguns dos projéteis, sem adiantar detalhes sobre qual foi o objetivo da ação ou que "região central" foi afetada.
Já o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) reportou bombardeamentos contra posições militares na província de Homs, no centro do país, e afirmou que pelo menos nove explosões ocorreram esta noite na capital da região com o mesmo nome, bem como nos arredores da cidade.
O OSDH reportou à agência France-Presse (AFP) quatro mortos, incluindo dois civis, enquanto o Ministério da Defesa da Síria citando um número desconhecido de civis mortos ou feridos.
Os projéteis terão atingido as proximidades de uma refinaria e de algumas habitações localizadas em área com diversas posições de tropas do governo sírio, e também com a presença de aliados do grupo xiita libanês Hezbollah, segundo um comunicado da organização.
Esta ONG, sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de colaboradores no terreno, acrescentou que outra explosão causou danos materiais num edifício na cidade de Homs, provavelmente devido à queda de fragmentos durante a resposta das defesas antiaéreas sírias.
Embora já tenham ocorrido com relativa frequência antes, Israel intensificou as suas ações contra o território sírio desde o início da guerra em Gaza, em 07 de outubro.
A última destas ocorreu na sexta-feira contra vários pontos nos arredores de Damasco, onde morreu um conselheiro militar iraniano, alegadamente membro da Guarda Revolucionária daquele país.
Várias milícias pró-Irão, incluindo a própria Guarda Revolucionária, estão presentes na Síria como aliadas de Damasco e são frequentemente alvo de ataques aéreos pelo Estado Judeu, que considera a sua presença no país vizinho como uma ameaça à segurança israelita.
A guerra em Gaza foi desencadeada em 07 de outubro por um ataque sem precedentes em Israel por comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, que resultou na morte de mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados de autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel prometeu destruir o Hamas, que tomou o poder em Gaza em 2007, e lançou uma ofensiva que deixou 27.585 mortos no território palestiniano, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, um movimento classificado como terrorista pela União Europeia e pelos EUA.