"Nenhum político se deve demitir por ser arguido", diz Sá e Cunha
Paulo Sá e Cunha volta a frisar que renúncia de Pedro Calado não esteve relacionada com o processo judicial
O advogado Paulo Sá e Cunha voltou a vincar esta terça-feira, 6 de Fevereiro, a sua posição de que "nenhum político se deve demitir por ser arguido".
À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, o mandatário de Pedro Calado deixou claro que a renúncia do cargo de presidente da Câmara Municipal do Funchal "não teve a ver com o processo judicial" de alegada corrupção na Madeira, teve sim a ver "com razões de natureza política".
Do meu ponto de vista pessoal, nenhum político se deve demitir por ser arguido. Quanto muito, eventualmente, depois de uma acusação ou de uma pronúncia, as condições políticas para continuar nos cargos, com base numa suspeita, numa constituição de arguido, é matéria que cabe aos senhores políticos e às organizações políticas decidirem. E, portanto, do ponto de vista legal, a presunção de inocência vale até ao trânsito em julgado da condenação. Nós estamos longe disso. Sá e Cunha
O primeiro interrogatório judicial de Pedro Calado, o último de três arguidos a ser ouvido pelo juiz de instrução criminal, prossegue amanhã. O advogado prespectiva que a fase de perguntas e respostas possa terminar esta quarta-feira.