DNOTICIAS.PT
Investigação Judicial Madeira

JPP pede clarificação e insiste na discussão do Orçamento

Élvio Sousa volta a criticar a “autêntica trapalhada” em torno da demissão de Miguel Albuquerque e pede mais esclarecimentos ao Representante da República

None

O Juntos Pelo Povo (JPP) entende que o futuro Governo Regional “tem de ser legitimado pelo voto popular”, uma outra forma de apontar para eleições antecipadas como o caminho a seguir após a demissão de Miguel Albuquerque, que hoje foi formalizada junto do Representante da República para a Madeira.

Élvio Sousa não deixa, ainda assim, de reafirmar a importância da discussão do Orçamento Regional, como forma de “não prejudicar ainda mais” a vida dos madeirenses e das empresas regionais, perante uma provável gestão em duodécimos.

Não há condições políticas, nem confiança política, para que haja a indigitação de um novo Governo e um novo programa. Isso está fora de hipótese. Não há outra solução que não seja chamar a população a fazer o seu juízo, perante eleições intercalares.  Élvio Sousa, líder parlamentar do JPP

O líder parlamentar do JPP critica, mesmo, a falta de clareza da parte de Ireneu Cabral Barreto em relação a toda esta matéria, ao mesmo tempo que diz não entender por que razão a Assembleia Legislativa da Madeira, primeiro órgão de governo próprio, “vai a reboque das decisões do Governo” e "está a ser inferiorizada naquelas que são as suas competências", quando “deveria ser ao contrário”. "A própria Assembleia esteve mais de oito dias sem clarificar os partidos. Não é a Assembleia que tem de andar a reboque do Governo. O Governo é que tem de prestar eslcarecimentos à Assembleia, não o oposto", vincou. 

"A apatia de várias entidades faz com que não tenhamos a discussão do Orçamento esta semana. Eu questiono qual é o problema de vermos os membros do Governo aqui [na Assembleia], estando em funções, aprovar o documento mais importante para não haver prejuízo para a vida social e económica da Região?", questiona-se o parlamentar. 

Além disso, realça que "esta situação está a ser conduzida para os partidos salvarem a sua situação interna. Não estão realmente a pensar nem nas famílias, nem nas empresas. É um egoísmo político-partidário que vai ter ainda maior consequências do que se houvesse uma maior clarrificação logo no início", sustenta Élvio Sousa. 

Pede, por isso, uma posição mais clara, "mais energértica e formativa", da parte do Representante da República e volta a reafirmar que o partido está disponível para viabilizar uma solução que garanta a discussão do Orçamento, seguida de um governo de gestão desde que isso não signifique o abdicar de eleições antecipadas e do que diz ser “a validação popular”. E apressa-se a deixar claro que “aquilo que o JPP vai dizer ao senhor Representante da República é que a solução para este quadro passa por eleições antecipadas para a Assembleia Legislativa Regional”.

Élvio Sousa lembra a carta a pedir esclarecimentos sobre estes assuntos que o partido remeteu, na passada quarta-feira, a Marcelo Rebelo de Sousa, com conhecimento a Ireneu Cabral Barreto. O primeiro respondeu dizendo que havia reenviado a missiva ao Representante da República, que ainda não se pronunciou. "Noutras cirscunstâncias o senhor Representante responde no próprio dia, numa hora e meia a duas horas, deste quadrante estamos desde quarta-feira última à espera de resposta", salienta.