A Comissão Europeia está a preparar um novo pacote de sanções à Rússia, o 13.º, para divulgar "nos próximos dias" a propósito do segundo aniversário da guerra da Ucrânia, abrangendo diplomatas russos e novos setores, como o alumínio.

A informação é avançada à agência Lusa por várias fontes europeias, com um alto funcionário a indicar que o executivo comunitário está a preparar "um novo pacote de sanções à Rússia a tempo do segundo aniversário da guerra".

Salvaguardando que "a construção de novos pacotes de sanções pode ser muito complexa", este responsável envolvido nas discussões garantiu que este 13.º pacote de sanções a Moscovo "é diferente dos anteriores".

"Ainda estamos a discutir e ainda estamos a ouvir os Estados-membros", assinalou o mesmo diplomata, envolvido nas negociações este fim de semana entre a Comissão Europeia e os representantes permanentes dos países junto da UE.

Caberá a Bruxelas apresentar uma proposta "nas próximas semanas", antes do segundo aniversário da guerra da Ucrânia causado pela invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, referiu um outro responsável.

Esta fonte comunitária assinalou à Lusa que este se trata "sobretudo um pacote simbólico", que incluirá "novas listagens [de indivíduos e entidades] e proibirá mais empresas de exportar bens de dupla utilização e produtos de campo de batalha".

Assinalando que este será também "um pacote mais direcionado aos produtos de alumínio", a fonte europeia indicou estarem ainda em cima da mesa novos limites "às viagens de diplomatas russos aos países onde estão credenciados".

Um outro alto funcionário europeu adiantou à Lusa estarem em causa "novas restrições ao alumínio e a diplomatas russos".

"Neste pacote, serão incluídos mais indivíduos e organizações do que setores em si", referiu, admitindo uma "negociação complicada" por estarem em causa questões sobre as quais "se fala há muito tempo, ainda sem acordo".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.