Medida de coacção restritiva da liberdade seria "injustificada e ilegal"
Avelino Farinha é o segundo arguido a ser interrogado pelo juiz
Este é o 13.º dia de detenção
Avelino Farinha, um dos três arguidos detidos no âmbito do processo de alegada corrupção na Madeira, continua esta segunda-feira, 5 de Fevereiro, a ser interrogado pelo juiz no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa. Este é o 13.º de detenção até à aplicação das medidas de coacção.
O advogado Raul Soares da Veiga deu nota, ao chegar ao Campus de Justiça, que a inquirição estará a meio, com o Ministério da República a formular as questões ao investigado. Depois, é a vez da defesa pedir esclarecimentos.
Tendo em conta a complexidade do caso e a quantidade de indícios, o primeiro interrogatório judicial do empresário madeirense poderá estender-se até amanhã. Atendendo a que Pedro Calado ainda terá de ser inquirido, um processo que poderá também levar vários dias, a aplicação das medidas de coacção aos três arguidos ainda está longe de acontecer.
Soares da Veiga espera que o Ministério Público mude de ideias quanto à proposta de uma medida de coacção gravosa, restritiva da liberdade, considerando que, nesse caso, seria uma proposta "desproporcionada, injustificada e ilegal mesmo".