Pelo menos 112 pessoas morreram nos incêndios do Chile
Pelo menos 112 pessoas morreram na sequência dos incêndios florestais no Chile, anunciaram as autoridades num novo balanço, acrescentando que os bombeiros continuam a combater cerca de 40 incêndios ativos.
"Temos de dizer, com a informação recebida dos serviços forenses, que há 112 pessoas mortas, 32 corpos identificados", disse, no domingo, em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério do Interior chileno, Manuel Monsalve.
Um balanço anterior dos incêndios florestais dava conta de 99 mortos, de acordo com dados do Serviço de Medicina Legal.
As autoridades chilenas salientarem que esta é a maior emergência natural desde o terramoto de 2010, que provocou 525 mortos e milhares de feridos no sul do país.
Na sequência dos incêndios, o Presidente chileno impôs o estado de exceção para "ter todos os meios necessários". As autoridades mobilizaram 19 helicópteros e mais de 450 bombeiros para combater as chamas.
A onda de calor, resultante do fenómeno climático El Niño, atinge atualmente o sul da América Latina, em pleno verão, provocando incêndios florestais, agravados pelo aquecimento global. A onda de calor ameaça Argentina, Paraguai e Brasil nos próximos dias.
A UE, através do Alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, já ofereceu ajuda ao Chile para o combate aos incêndios.
"O Chile enfrenta mais uma vez incêndios devastadores com inúmeras mortes. Transmito o meu apoio e solidariedade ao Governo e ao povo chileno, a UE está pronta para colaborar e fornecer ajuda nestes tempos difíceis", afirmou Borrell, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).