A Loja do Cidadão
No pretérito dia 24 de janeiro, dirigi-me, pela manhã, à Loja do Cidadão a fim de renovar o meu passaporte. Junto ao balcão, onde está a funcionar o antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, atual AIMA, aproximei-me de uma máquina e, na dúvida, tirei duas senhas: uma que dizia Passaportes outra, Agendamento. Neste serviço, aquando da minha chegada, estavam duas funcionárias em atendimento, por isso, não as interrompi e aguardei.
Entretanto chegou uma outra funcionária, aproximei-me da mesma, e questionei– a se podia solicitar – lhe uma informação. Esta viu as senhas que lhe mostrei, logo dava a entender que seria rápido. Não pretendia ultrapassar ninguém que estivesse à minha frente, pretendia efetivamente, que ela me esclarecesse qual das senhas era a destinada ao fim que pretendia. Esta, com ar de desprezo, foi perentória em afirmar que tinha pessoas para atender e não me deu oportunidade de ser esclarecido. Aguardei que a mesma atendesse uma utente, julgando que depois me daria oportunidade de a questionar. Mas, em vez de o fazer, ignorou-me e chamou outra utente. Revoltado perante a deselegância e falta de profissionalismo por parte desta funcionária, aumentei o meu tom de voz e reprovei, educadamente, como é meu apanágio, a atitude dela e pedi-lhe a sua identificação para efetuar uma reclamação junto do Gabinete de Gestão. Proferi também que só pretendia que ela me esclarecesse qual das duas senhas era a destinada à renovação do passaporte. Nada mais!
Mas tal foi o meu espanto, quando esta retorquiu que afinal era nos serviços ao lado. Mais revoltado fiquei porque, se esta funcionária zelasse pelo brio profissional e tivesse como referência o código deontológico do funcionário público, ter-me-ia esclarecido logo, sem fazer-me perder tempo. Esta senhora não deve descurar que é assalariada pelos contribuintes e que está num balcão de atendimento ao público, ainda por cima num espaço denominado, “Loja do Cidadão”! Se não reúne perfil para tal, há que encontrar outra alternativa.
Também não posso deixar de salientar que, quando chamava à atenção da mesma perante o seu “modus operandi”, saiu de um gabinete ao lado, um indivíduo do sexo masculino, que julgo ser o coordenador do serviço, que menosprezou a situação. Acho que, no mínimo, o seu dever era chamar-me ao gabinete para inquirir-me sobre a causa da minha revolta. Não o fez, lamentavelmente.
Claro que, não podemos confundir uma árvore com a floresta. Apesar das notícias que vieram a público que levou à extinção do antigo SEF, conheço funcionários adstritos a este serviço que primam pela simpatia e pelo bom atendimento.
Perante esta situação anómala, que em nada abona a boa imagem do serviço, nem do espaço onde está inserido, dirigi-me ao gabinete de gestão onde fui gentilmente recebido pela Dra. Fiona Pereira e denunciei o sucedido. A sua simpatia, meiguice e cordialidade, foram atributos que me impressionaram pela positiva. Não posso deixar de salientar que reúne o perfil para o cargo que desempenha!
Dirigi-me depois, ao balcão de atendimento do Serviço da Direção Regional de Administração Pública Local, onde efetuei a renovação do meu passaporte. Seria injusto da minha parte, deixar de referir a forma calorosa e humana de como fui recebido e atendido neste serviço. A funcionária que me atendeu foi o oposto ao relatado anteriormente. Assim vale a pena dirigirmo-nos a um serviço que prima pelo bom atendimento e onde o cidadão é devidamente esclarecido.
Para finalizar e parafraseando uma minha antiga e estimada Professora, a Dra. Margarida Camacho: “Ser amável é tão agradável”!
José João Pereira