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Investigação Judicial Madeira

"Nenhum" concurso público foi feito à medida do grupo AFA

Advogado de Avelino Farinha garante que o seu constituinte "não teve" informações privilegiadas sobre as obras públicas

Raul Soares da Veiga à saída do TCIC após mais de 8 horas de interrogatório 
Raul Soares da Veiga à saída do TCIC após mais de 8 horas de interrogatório , Foto MP

"Revigorado e cheio de energia", o empresário madeirense Avelino Farinha respondeu a todas as questões colocadas este sábado durante o primeiro interrogatório judicial. 

À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, o advogado de um dos três arguidos detidos no âmbito do processo de alegada corrupção na Madeira apontou que "prova contra, vistas as coisas, é pouco ou nada".

Avelino Farinha continua a ser ouvido na segunda-feira

Interrogatório judicial não terminou hoje, conforme perspectivava o advogado de defesa

Segundo Raul Soares da Veiga a fase de inquérito, que terá continuidade na segunda-feira, está a correr "bem". "Tudo com muito detalhe para esclarecer tudo".

Sobre os crimes pelos quais o empresário madeirense é indiciado, o mandatário assegura que "nenhum" concurso público do Governo Regional da Madeira foi feito à medida do grupo AFA e que Avelino Farinha "não teve" informações privilegiadas por parte de Pedro Calado. 

Agora, resta aguardar para a continuidade do interrogatório, a promoção do Ministério Público, a alegação da defesa e a decisão do juiz de instrução criminal sobre as medidas de coacção. Soares da Veiga afirma que tudo fará para que não seja uma medida restritiva da liberdade: "Acho que essa será a boa decisão, tenho a expectativa e desejo que o Ministério Público veja que essa é uma boa decisão e que seja essa a promoção e espero, sobretudo, que seja essa a decisão do juiz".