Pelo menos 23 pessoas morreram nos ataque dos EUA na Síria
Pelo menos 23 pessoas morreram nos ataques realizados na sexta-feira pelos Estados Unidos contra alvos na Síria, segundo o mais recente balanço divulgado hoje pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Anteriormente, a organização não-governamental (ONG), com sede em Londres, tinha relatado que 18 pessoas haviam morrido nos ataques norte-americanos na Síria.
Na noite de sexta-feira, os Estados Unidos lançaram uma série de ataques contra 85 posições de milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque, em retaliação pela morte, no fim de semana passado, de três soldados norte-americanos na fronteira entre a Síria e a Jordânia.
No Iraque, segundo o Governo do país, 16 pessoas morreram nos ataques dos EUA, incluindo civis.
De acordo com um comunicado do Comando Central do Exército dos Estados Unidos (CENTCOM), os ataques "foram direcionados especificamente contra 85 alvos pertencentes à Força Quds, que integra a Guarda Revolucionária iraniana, e às suas milícias afiliadas".
O exército norte-americano utilizou "mais de 125 munições de precisão" que atingiram centros de comando e controle de operações, centros de informação, foguetes e mísseis, instalações de abastecimento e logística de munições, entre outros alvos.
A operação foi "um sucesso", declarou a Casa Branca, que voltou a deixar claro que não quer uma "guerra" com o Irão.
A Síria, o Iraque e o Irão já condenaram hoje os ataques realizados pelos Estados Unidos nos territórios sírio e iraquiano.
Cerca de 900 soldados norte-americanos estão destacados na Síria e 2.500 no Iraque, como parte de uma coligação internacional 'antijihadista' criada para combater o grupo Estado Islâmico (EI), quando este controlava áreas inteiras do território sírio e iraquiano.
A derrota do EI na Síria foi declarada em 2019 [e no Iraque em 2017], mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células terroristas que continuam a realizar ataques no país.
Desde meados de outubro, mais de 165 ataques com 'drones' e ataques de foguetes tiveram como alvo forças norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria, mas nenhum militar norte-americano foi morto, até ao ataque perpetrado em 28 de janeiro na Jordânia.