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eleições legislativas Madeira

JPP diz que "não vai entrar no jogo dos acordo pré-eleitorais"

Filipe Sousa critica "corrida ao poder" e "irresponsabilidade partidária"

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O cabeça-de-lista do JPP à Assembleia da República defendeu, hoje, regimes fiscais diferenciados no continente, Madeira e Açores, atendendo a cada uma das realidades económicas do país. "No continente é dominada pela indústria, nos Açores pelo sector primário e na Madeira pelos serviços", apontou.

“Em Portugal, temos três regimes económicos distintos e há regime fiscal único para estas diferentes realidades. Urge mudar esta situação que prejudica a população e a economia, e a oportunidade de alterar este estado de coisas é através da revisão da Lei das Finanças Regionais”, declarou Filipe Sousa, acusando os partidos até agora com assento na Assembleia da República de "andarem a marcar passo numa matéria tão importante".

Situação, no seu ver, semelhante ao comportamento têm tido em relação ao CINM, "que tem um modelo caduco, através do qual as receitas fiscais vão quase todas para o Estado, apesar deste não reconhecer a importância daquela praça financeira". O candidato do JPP defende, por isso, um novo modelo para o CINM semelhante ao que existe em Chipre ou Malta.

Numa conferência de imprensa, promovida este sábado, à entrada do Mercado dos Lavradores, no Funchal, Filipe Sousa, deixou também fortes críticas à "forma como alguns partidos, nomeadamente PSD e PS, têm gerido a crise política que assolou a Madeira".

O candidato considera que "os partidos estão mais preocupados com as suas metas partidárias e com chegar ao poder a todo o custo, em vez de estarem preocupados com a aprovação do Orçamento Regional", instrumento, que na opinião de Filipe Sousa, é "essencial para a estabilidade regional e para garantir os projectos em curso, muitos deles com financiamento comunitário que urge assegurar".

Sobre crise política na Madeira, realçou também que partilha com o povo madeirense "a tristeza e a preocupação com o que está a acontecer", pelo que diz não entender que existam partidos “a deitar foguetes e a fazer festa, ansiosos por chegar ao poder, como é o caso do PS, enquanto que o partido que governa a Região há mais de 50 anos, dá o triste espectáculo de colocar os interesses partidários à frente dos interesses dos madeirenses".

“Temos de nos colocar do lado do povo, e não andar nestes jogos. Os madeirenses querem soluções”, salienta, acrescentando que "o JPP tem tido a posição certa nesta matéria".

"O partido defende eleições sem correrias, preferindo antes dar prioridade ao orçamento regional e não embarcar em moções de censura feitas à pressa e que só prejudicam os interesses do povo", refere o cabeça-de-lista do JPP à Assembleia da República.

Filipe Sousa deixou ainda claro que "o JPP não vai entrar no jogo dos acordo pré-eleitorais, preferindo fazer o seu caminho sozinho e apresentando o trabalho que tem sido feito no Parlamento Regional e em Santa Cruz, onde recuperou uma câmara falida pelo PSD".