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eleições legislativas Madeira

"O PSD-M é o partido dos emigrantes", afirma Paulo Neves

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O candidato pela coligação 'Madeira Primeiro', Paulo Neves, assinalou, esta tarde, na Ribeira Brava, a falta de respeito e de palavra do Estado Português para com aqueles que regressaram à Região, designadamente da Venezuela, uma comunidade fortemente representada neste concelho.

“Nós, nos últimos anos, recebemos milhares de Emigrantes, por exemplo da Venezuela, Emigrantes que foram muito bem-recebidos e acolhidos na Madeira e aos quais demos – e bem, cumprindo a nossa obrigação – apoios avaliados em milhares e milhares de euros na área da saúde, nas áreas sociais, na educação, no emprego e no empreendedorismo, verbas essas do Governo da Madeira. Curiosamente, o Governo da República responsabilizou-se por compensar-nos nalgumas das verbas que tínhamos pago e a verdade é que, passados todos estes anos, não recebemos nada”, frisou.

Na ocasião, o candidato, lembrando que a Região pediu um milhão de euros – verba essa que estava longe do valor total, mas que foi prometida sem nunca ser paga – e que, passado algum tempo, o então Secretário de Estado das Comunidades – e agora cabeça-de-lista pelo PS/M – “fez outra conta”, apresentando um valor muito abaixo do anteriormente prometido mas que, nem assim, foi cumprido.

Seja a nível regional ou a nível nacional e ao contrário da República, nós sempre demos uma atenção muito especial aos nossos Emigrantes, precisamente porque consideramos que eles são Madeirenses e Portugueses de primeira, com direitos iguais a quaisquer outros dos nossos cidadãos Paulo Neves, candidato da coligação 'Madeira Primeiro'

Paulo Neves que, criticando aquilo que considera ser “uma falta de respeito” pelos Emigrantes – também Portugueses e que tanto contribuem para a economia regional e nacional – fez questão de vincar que o problema do PS não são as intenções nem as promessas que fazem, mas, sim, “a concretização, já que prometem muito, mas não fazem nem dão nada”. Aliás, frisou, este partido “tem um princípio que é julgar que a Autonomia é uma desresponsabilização da República, mas não é. A Madeira não deixa de ter direito ao que tem a receber, só por ter Autonomia”.

Candidato que, a par de mais esta promessa por cumprir, aludiu, igualmente, ao Programa “Regressar”, que foi criado “pelo PS com muito folclore e muito PowerPoint”, mas sem que a Madeira tivesse sido incluída, “até porque eles acham que os Emigrantes que regressam à Madeira não são Portugueses como os outros”.

“A verdade é que os Emigrantes, neste caso os regressados da Venezuela, acabam por saber perfeitamente que foram vítimas do socialismo, mas curiosamente foram vitimas do socialismo lá e cá”, disse, por fim, Paulo Neves, garantindo que estes “sabem bem quem lhes deu a mão quando mais precisavam e que fomos nós, PSD/Madeira”.