Manuel António quer acabar com o "divórcio entre o PSD e a sociedade"
Manuel António Correia entregou, ao fim da manhã, a lista de candidatos às eleições internas do PSD-Madeira, marcadas para 21 de Março.
“Um dia especial para o PSD, para a Madeira e o Porto Santo, mais do que para nós, membros desta lista. Somos um instrumento ao serviço da Madeira. Pensámos muito, e pensar não é um defeito e faz falta a muita gente e, na sequência dessa solicitação das bases do partido, que têm sido esquecidas nos últimos anos e, acima de tudo da população em geral, sentimo-nos convictos e determinados", afirmou, logo após entregar a candidatura ao presidente da Mesa do Congresso. João Cunha e Silva.
“A decisão está tomada, é para ir com força e com energia para este projecto que começa, hoje, no PSD, mas que queremos que seja um projecto para a Madeira, não só para uma mas para diversas gerações. Não viemos para desunir, contamos com todos para resolver os problemas do PSD e da Madeira", promete.
Na comissão política e no secretariado, há "cerca de um terço, se não mais", de pessoas com menos de 30 anos e uma de 35. "Não basta anunciar mudanças, reestruturações do partido, é preciso concretizar".
Uma candidatura que não pretende "gerir um fim de ciclo que não está a ser feliz", mas olhar para o futuro.
"Os madeirenses não se sentem representados no actual PSD e é por isso que me pedem para ajudar", justifica.
Manuel António Correria pretende resolver "um problema que o PSD tem tido, sobretudo nos últimos tempos, que é um divórcio completo entre o partido e a sociedade".
Um problema grave que, a curto prazo, "levará a que o PSD não tenha as boas vontades das pessoas traduzidas em eleições".
Questionado sobre o que o diferencia da candidatura de Miguel Albuquerque diz que “um está voltado para o presente e o passado recente e outro (ele) está voltado para o futuro, para uma nova era de políticas, mais credível, na qual a sociedade se sinta identificada".
Pior altura para eleições
A campanha para as eleições internas do PSD-M sobrepõe-se ás eleições nacionais e Manuel António Correia discorda do calendário escolhido.
“É um facto e eu lamento profundamente que seja assim, mas não fui eu que escolhi. Infelizmente temos de lidar com a situação. Estas eleições internas nunca poderiam ser disputada ao mesmo tempo que umas eleições que são de extrema importância para a Madeira", explica.
Por isso, apela a que até 10 de Março, "o comportamento dos agentes do PSD deve ter em conta esse supremo interesse do partido que são as eleições nacionais"
“Apelo para que os militantes do PSD e a sociedade que acredita que no futuro podemos transformar o PSD que ajudem para o PSD poder ter o resultado que precisa nas próximas eleições", sublinha.