Alojamento turístico na Madeira registou ligeiro aumento para 698,4 mil dormidas em Janeiro
Mesmo recebendo menos turistas, porque a estada média aumentou, as dormidas aumentaram no alojamento turístico da Região, referentes ao mês de Janeiro de 2024, estimando-se "a entrada de 118,6 mil hóspedes, que geraram 698,4 mil dormidas, traduzindo variações homólogas de -2,4% e de +0,1%, respectivamente", sendo que a estada média passou para 4,81 noites (+2,3%).
Segundo conta a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), "para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico, em janeiro de 2024, apresentaram um decréscimo homólogo de 3,1%, variação negativa tal como a verificada a nível nacional (-0,1%)".
Com um total de 580 mil dormidas no alojamento turístico da Madeira em Janeiro de 2024, tendo por base este corte nos AL de menos de 10 camas, o sector teve um início de ano em 'baixa rotação', uma vez que significou uma quebra que já não se sentia há algum tempo neste primeiro indicador da actividade, divulgado pelo INE esta manhã.
"Na Região, as dormidas de residentes em Portugal diminuíram 8,6% relativamente ao mês homólogo, rondando as 94,2 mil (13,5% do total), enquanto as de residentes no estrangeiro subiram 1,6%, situando-se em 604,1 mil. Os hóspedes entrados, em Janeiro de 2024, com residência no País, totalizaram 25,1 mil, e os com residência no estrangeiro, 93,5 mil", refere a DREM, enquanto que nas contas do INE foram 70,5 mil dormidas de residentes, baixando 16,6% e 509,9 mil dormidas de não residentes, significando assim uma quebra de 0,9%.
Acrescenta a DREM que "no País, em Janeiro de 2024, o abrandamento do crescimento dos mercados externos acentuou-se (+1,2%, após +7,5% em dezembro), tendo sido registados 2,3 milhões de dormidas. As dormidas de residentes totalizaram 1,1 milhões, contrariando a trajetória de crescimento dos últimos três meses (-2,6%; +9,6% em dezembro). Os maiores aumentos de dormidas registaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+18,7%), seguindo-se o Norte (+3,7%) e o Centro (+3,3%). Em sentido contrário, assinalam-se os decréscimos observados na Península de Setúbal (-9,7%), na RA Açores (-4,0%), na Grande Lisboa (-3,9%) e na RA Madeira (-3,1%)", conclui, citando os dados do Instituto Nacional de Estatística.
Em termos de estada média a Madeira continua a ter a mais mais alta e, por conseguinte, por ter subido os tais 2,3%, teve ainda assim a segunda maior subida (2,5% do oeste e Vale do Tejo).
"A estada média dos residentes (1,69 noites) diminuiu 1,6% e a dos não residentes (2,88 noites) decresceu 3,1%", realça o INE. "Em Janeiro, a estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a RA Madeira registado as estadias médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,62 noites) quer dos não residentes (5,44 noites). Para além da RA Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (2,34 noites dos residentes e 4,34 noites dos não residentes) e na RA Açores (2,20 noites e 3,20 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais", conclui o INE.