Sofia desapareceu da Madeira há 20 anos
Recorde a edição de 27 de Fevereiro de 2004
Nunca mais se soube do paradeiro de Sofia. As primeiras buscas pela criança desaparecida aconteceram a 26 de Fevereiro de 2004, mas até hoje não há qualquer tipo de informação sobre o que aconteceu à menina de dois anos, que continua a figurar na lista de pessoas desaparecidas em Portugal, partilhada pela Polícia Judiciária.
Sofia Catarina de Oliveira desapareceu no dia 22 de Fevereiro, quando foi retirada à mãe, residente em Câmara de Lobos, pelo próprio pai, que acabaria por rumar aos Açores, onde esta família tinha residido e onde Luís trabalhava como pescador. O progenitor acabaria por tentar por ingerir produto tóxico, ficando internado numa unidade hospitalar.
Questionado pelas autoridades, nunca revelou o paradeiro da menina, indicando apenas que teria sido entregue a um casal estrangeiro. A verdade é que houve pistas que indicaram que a menina poderia ter sido deixada na zona do Porto Novo, o que motivou uma série de buscas a 26 de Fevereiro, motivando a primeira notícia sobre o assunto.
As informações sobre o sucedido eram escassas. Sabia-se apenas que as autoridades procuravam uma menina que tinha sido dada como desaparecida e que poderia ter sido deixada nessa zona pelo pai. Só com o passar dos dias é que foi sendo recolhida mais informação sobre o caso.
Luís de Encarnação teria apanhado um táxi e, depois, boleia de um familiar que o deixou no Caniço de Baixo. Pelas 23h30 desse 22 de Fevereiro, há 20 anos, deslocou-se à esquadra da PSP de Câmara de Lobos, onde a mãe se encontrava a apresentar queixa pela subtração da menor, já sem a mesma.
O pai acabaria por ser detido e julgado pela prática dos crimes de coação na forma tentada, sequestro e subtração de menores. Após recurso, foi condenado a seis anos e cinco meses de prisão. Continuou sem querer dizer onde se encontrava a filha, garantindo apenas que a menina estava “bem”. É um mistério que continua por resolver.