Desvarios laranja
Não sou do CDS, nunca votei neste partido, simpatizo apenas com alguns dos seus dirigentes históricos, mas a partir do que se passou esta semana, encaro, seriamente, a hipótese de um voto útil nos democratas-cristãos. Aquilo que o PSD fez, não se faz.
Na tentativa de arranjar um inimigo externo (a operação judicial e o Presidente da República) e um bode expiatório interno (a coligação com o CDS), para expiar as culpas de uma crise política desencadeada por uma investigação à sua cúpula, os sociais-democratas romperam com o seu parceiro de coligação. Tudo isto, ainda, antes da realização das eleições nacionais de 10 de março, onde os dois partidos vão coligados e antes de conhecida a decisão de 24 de março, do Presidente da República sobre se convoca ou não eleições na Madeira.
É verdade que alguns dirigentes do CDS se puseram a jeito, fazendo cedência atrás de cedência, mas o que os laranjas fizeram ao CDS é mau de mais para ser verdade. Revela o desvario, onde estão metidos, depois do 24 de janeiro e a desorientação que reina nas suas hostes.
Só espero e desejo que o CDS, partido fundador da Democracia e da Autonomia, se possa recompor, ganhar forças e que dê a devida resposta a esta emboscada desleal que revela o caráter de quem a decidiu e de quem a aprovou. O CDS terá o meu voto porque atitudes destas merecem castigo, nem que seja eleitoral.
Maria Correia