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Boa Noite

A corja

Não há ninguém que controle a balda paga pelos contribuintes ou há medo dos auto-intitulados conflituosos?

Boa noite!

As investigações judiciais em curso na Madeira têm tido vários méritos, alguns dos quais ainda por apurar, já que quanto a ‘fakes’, convicções e bilhardices estamos conversados, apesar das mesmas provocarem deslumbramento entre os delinquentes da baixa política e os ‘intelectuais’ ressabiados.

Não é surpreendente que alguns, com alma de escravo, se deixem iludir pelas narrativas sensacionalistas dos que alegadamente, no simulacro do jornalismo, se transformaram em agentes da justiça, polícias ou perseguidores, patrocinados pelo regime a carecer de reforma, de modo a que não lhes falte o chão e o pão. O ilhéu complexado, felizmente insignificante, sempre preferiu os que publicam o que ouvem, ignorando todas as partes atendíveis, as encomendas que lhes mandam para que o servicinho seja inquestionável e o que lhes segredam sem cautela de qualquer espécie. Bom proveito lhes faça o pacto com a mentira e com canalhice. Agora, só têm que ser consequentes e honestos, saindo de mansinho dos palcos onde se exibiram até agora, antes que sejam expostos ao ridículo.

Outro dos méritos mais evidentes da operação policial acusada de ser desproporcional tem implicações comportamentais em indivíduos que quase já nasceram na função pública, mas nesta só se limitam a ir buscar o salário. Com o assalto à Madeira sentiram-se de tal forma soltos e desobrigados que têm tido tempo de sobra para, das nove às cinco,  destilarem ódio nas redes sociais, engarrafarem com palavreado irrepetível as caixas de comentários das notícias, alimentarem os perfis falsos e cumprirem as apostas feitas no antro degenerativo onde militam.

Não há ninguém que controle esta balda paga pelos contribuintes ou há medo dos auto-intitulados conflituosos que por onde passam deixam rasto de incompetência, sendo transferidos sucessivamente para que haja sossego, pelo menos, no penúltimo lugar onde vegetaram?  Importa investigar a estranha mobilidade na administração pública regional de alguns inúteis que hoje mais não fazem do que dar despesa e ainda são pagos pelo erário para gozarem com quem trabalha.  Já se faz tarde meter na ordem a corja que faz da indisciplina o modo de vida.

O vistoso aparato judicial na Madeira com recurso a meios militares teve ainda o mérito de levar mais gente a detectar preocupantes tiques pidescos e colonialistas após quase 50 anos da liberdade que devia ter gerado um Portugal mais uno na diversidade e menos dependente do centralismo atrofiante. Mas também a constatar quão frágil é a Autonomia intriguista e egoísta, incapaz de decidir o seu próprio destino, de solucionar em vez de reivindicar, de pensar mais no interesse colectivo do que na satisfação pessoal.

Também se viu que as buscas e as escutas abundantes obrigaram as pessoas a conversar mais umas com as outras, olhos nos olhos, cara a cara, a aproximar os que preferem falar de viva-voz do que perder tempo com trocas de mensagens descaracterizadas ou conversas telefónicas com interrupções estranhas. Não é que entre os comuns dos mortais haja segredos de Estado em equação, alegados tráficos de influência ou favores que configurem crime. O certo é que há comprovadamente medo de escutas selectivas e de aproveitamentos abusivos de palavras descontextualizadas, mesmo que debitadas em conversas da treta ou para definir estratégias, para confidenciar estados de alma ou dar informações relevantes. Viva o 25 de Abril!