'Madeira Primeiro' contesta novos critérios do subsídio de mobilidade
Pedro Coelho alerta que 70% dos passageiros beneficiários deste apoio poderão ficar impedidos de o receber
Pedro Coelho criticou, esta sexta-feira, os novos critérios para obter o subsídio social de mobilidade, não só por terem sido alterados "sem conhecimento prévio do Governo Regional", como também por este ser um processo que se arrasta, há anos, pelo Governo da República.
"Já não basta o Governo da República recusar-se a rever o modelo, conforme é nosso propósito há anos, subjugando-se a questões para as quais ainda não teve tempo de encontrar uma solução em oito anos como, agora, sucedem-se estes episódios, impedindo o acesso do reembolso que é devido aos madeirenses", afirmou o cabeça-de-lista da coligação 'Madeira Primeiro'.
Governo Regional revolta-se contra os novos critérios no pagamento do Subsídio Social de Mobilidade
Secretaria Regional de Turismo e Cultura apela aos CTT, à Inspeção Geral de Finanças, à ANAC e à Secretaria de Estado das Infraestruturas para que se revertam as novas regras
O social-democrata deixou assim um apelo para que seja encontrada, quer por parte dos CTT, quer da Inspecção-Geral de Finanças, ANAC e Secretaria de Estado das Infra-estruturas, uma "solução urgente para este problema que está a causar sérios transtornos aos passageiros".
Esta mudança de critérios afecta, sobretudo, as facturas de bilhetes emitidos pela TAP e SATA, assim como as das agências de viagens, pelas quais opta a maior parte dos passageiros beneficiários do subsídio social de mobilidade e aquilo a que apelamos é que seja encontrada uma solução urgente, sem a qual cerca de 70% dos passageiros beneficiários deste apoio ficarão impedidos de o receber. Pedro Coelho
Companhias aéreas já ameaçaram deixar de ligar a Madeira ao continente devido ao subsídio de mobilidade?
A mobilidade, tanto aérea, como marítima, é um tema recorrente nas propostas dos vários partidos políticos madeirenses sempre que temos algum acto eleitoral de âmbito regional ou nacional.
A este propósito, Pedro Coelho lembrou que, por exemplo, desde a implementação do presente modelo, em Setembro de 2015, sempre foi considerado o valor indivisível, até pelo facto das companhias aéreas que cobram as taxas terem sistemas de facturação que estão formatados para apresentar as parcelas daquela forma, não tendo, assim, forma de apresentar parcelas por percurso ou segmento de voo.