“Quem escolhe e determina o meu futuro são os madeirenses e os porto-santenses”
Resposta de Albuquerque ao recuo depois de ter anunciado que iria deixar os cargos políticos
“Quem escolhe e determina o meu futuro [político] são os madeirenses e os porto-santenses”. Palavras do presidente do Governo Regional, ao ser confrontado com o recuo após ter anunciado a intenção de se afastar da vida política activa.
Justifica o dito por não dito porque entretanto “houve uma alteração de circunstâncias bastante evidente”, numa alusão à ‘falta de indícios’ no caso da investigação judicial que envolve a governação regional. Miguel Albuquerque esclarece “nunca disse que era irrevogável”, legitimando também desta forma o retrocesso. Admite que quando anunciou o fim da sua carreira política, nos dias que precederam a detenção de Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia, esse seria o caminho a seguir porque “a propensão na altura, face às circunstâncias, seria essa”. Com a ‘libertação’ dos três suspeitos entende que tudo voltou ao normal e por essa razão deixou de existir motivo forte para se afastar de livre vontade. Deixa essa decisão nas mãos dos eleitores.
“Estou aqui para servir a Madeira, não estou agarrado ao poder”, garante.
“Não aceito em determinadas circunstâncias ser excluído da vida pública porque sim. Tem que haver uma razão”, afirma. E para Albuquerque “a razão fundamental para a pessoa ser excluída da vida pública é a decisão democrática dos eleitores”.
Argumento que reforça o desejo de se recandidatar a presidente do PSD-M e, caso haja eleições Regionais antecipadas, voltar a ser candidato a presidente do Governo Regional.
“Sinto-me perfeitamente capaz de concorrer às eleições [Regionais] se houver eleições. Estou de consciência tranquila”, reiterou.