JPP acusa Portugal de formar jovens para depois os "exportar" para outros países
A candidatura do JPP à Assembleia da República criticou, hoje, a política que tem vindo a ser levada a cabo no âmbito do emprego, uma vez que considera que Portugal forma os jovens para depois os "exportar" para outros países. O partido defende que "o país não pode crescer sem uma política de emprego eficaz, que ponha ponto final a salários de miséria, a vínculos laborais precários, a estágios profissionais e programas ocupacionais que mascaram a realidade do desemprego, mas que não garantem a estabilidade laboral, nem novas oportunidades para os jovens que continuam a emigrar em massa".
O partido recorre aos últimos dados divulgados pelo Observatório da Emigração, segundo os quais cerca de 30% dos jovens, entre os 15 e os 39 anos, deixaram o país.
São 850 mil jovens que aqui não encontraram estabilidade e oportunidades. Isto com a agravante de que quase um terço das mulheres em idade fértil está fora. Estes números deveriam envergonhar, mas sobretudo preocupar, porque revelam que investimos na formação e depois exportamos sem tirar proveito do nosso maior capital e da geração melhor preparada de sempre. Paralelamente, conseguimos um efeito devastador na renovação etária do país, necessária a qualquer crescimento económico e à própria sustentabilidade da Segurança Social. JPP
O Juntos Pelo Povo considera que o país merece ter uma política laboral que não continue a ser pautada por baixos salários, por instabilidade laboral, e por recurso a vínculos precários e outros esquemas que não garantem a existência de oportunidades e a estabilidade necessária a uma verdadeira política de emprego.