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UE tem de investir mais nas especificidades das regiões para reforçar coesão

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Foto Miguel Pereira/Global Imagens

A política de coesão da União Europeia (UE) tem de investir mais nas particularidades de cada região e ser mais localizada, dá conta um relatório divulgado hoje, que aponta para a necessidade de uma abordagem mais inclusiva.

Um grupo integrado por investigadores, criado pela comissária com esta pasta, Elisa Ferreira, apresentou hoje um relatório sobre como reforçar a política de coesão depois de 2027, que aponta algumas deficiência que têm de ser trabalhadas para uma UE mais coesa.

Feito ao longo de 2023, o relatório indica que as políticas de coesão têm de ser mais centradas nos locais específicos onde são aplicadas, "com investimentos orientados para o futuro desenhados especificamente para as forças únicas, desafios e necessidades de cada região".

Os investigadores também propõem uma "abordagem holística para as políticas sociais através do investimento no desenvolvimento do capital humano e integração social para prevenir desigualdades em todos os territórios" da UE.

Para isso, segundo o estudo, é necessário reforçar as instituições nacionais e regionais dos 27 através de investimento na inovação em paralelo com as infraestruturas.

Apontando que hoje existem estas deficiências que têm de ser colmatadas para que a coesão europeia se concretize e consiga estar a par das transições digitais e ecológicas, e também de alargamentos futuros, o grupo de investigadores quer que as políticas de coesão estejam "mais integradas no sistema de governação económica".

O relatório propõe ainda que sejam simplificados os processos administrativos, que continuam a pesar na capacidade que os países têm de colocar em práticas as políticas de coesão.

Citada no comunicado, Elisa Ferreira considerou que o objetivo deste relatório é "não deixar ninguém para trás" e que as políticas de coesão têm de acompanhar "circunstâncias que se alteram e novos desafios".