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NÓS, Cidadãos! questiona sobre redução de 46% no consumo de combustíveis fósseis

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O NÓS, Cidadãos! questiona sobre a redução de 46% no consumo de combustíveis fósseis. 

Baseando-se em dados fornecidos pela Alfândega do Funchal e divulgados pela Direcção Regional de Estatística, recorda que "a Região Autónoma da Madeira superou os 159,7 milhões de litros de consumo nos principais combustíveis (gasóleo e gasolina), em 2023, registando assim um crescimento de 4,8%, 

"Ou seja, na RAM estamos ainda muito longe de uma real transição para as sustentáveis e mantemos níveis cada vez mais elevados de consumo de energia fóssil na indústria e nos transportes, quando o objectivo comum é reduzir", refere através de uma nota de imprensa. 

A explicação apresentada é simples: uma vez que os preços foram mais baixos, este facto justifica o aumento do consumo registado em 2023, mas, NÓS, Cidadãos! não podemos aqui esquecer que os combustíveis da Região estão sujeitos a afixação administrativa por parte do Governo Regional desde o ano de 2008".  NÓS, Cidadãos!

E acrescenta: "A ideia de uma Região mais verde, criteriosa na adaptação às alterações climáticas, na preservação do meio ambiente e empenhada na transição energética, constitui um desafio de todos NÓS, mas parece continuar a não ser uma prioridade do agora demissionário (e em gestão) Governo do PSD/CDS-Madeira, suportado no parlamento Regional pelo PAN (um partido que se diz ambientalista, defensor da natureza)".

Diz ainda que "o plano traçado no 'Programa Madeira 2030' para uma utilização mais eficiente dos recursos e que justifica intervenções enquadradas em prioridades e domínios-chave para a qualificação e valorização do território (Ação Climática, Economia Circular, Transição Energética, …) parece estar fechado numa qualquer gaveta do Governo Regional, bem como a Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas, o que significa que o nosso futuro colectivo – que está num ponto decisivo – está comprometido e ninguém aparenta querer avançar com as soluções que necessitamos de implementar". 

É verdade que a transição para as energias renováveis – e uma economia verde – representa talvez a maior oportunidade de negócio da história. As previsões para o futuro são espantosas, mas os sucessivos Governos de Miguel Albuquerque não souberam corresponder a este estímulo – faltou-lhe o entusiasmo! – e, lamentavelmente, estamos (mesmo) a ficar para trás".  NÓS, Cidadãos!
Neste domínio, dois dos resultados esperados, no 'Programa Madeira 2030', eram: aumentarmos para 20% a participação dos recursos energéticos renováveis na procura de energia primária; e reduzirmos o consumo de combustíveis fósseis em 46% (face a 2005) e as emissões de GEE em 55% (face a 2005). Parece-nos, de modo luminoso, que estamos a divergir neste segundo. O que é feito do compromisso de redução nos combustíveis fósseis?".  NÓS, Cidadãos!
A neutralidade carbónica em 2050 continua a ser um objectivo, mas, para NÓS, Cidadãos!, é talvez cada vez mais uma miragem".  NÓS, Cidadãos!

E conclui: "A ideia de uma Europa – e, por conseguinte, uma Região Autónoma da Madeira – mais verde, 'hipocarbónica', em transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono, e resiliente, mediante a promoção de uma transição energética limpa e equitativa, dos investimentos verdes e azuis, da economia circular, da atenuação das alterações climáticas e da adaptação às mesmas, da prevenção e gestão dos riscos e da mobilidade urbana sustentável, não foi levada a sério pelo último executivo de Miguel Albuquerque (agora sem uma Secretaria Regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas) e PSD-Madeira e, acreditamos NÓS, Cidadãos!, esta terá mesmo de ser prioritária num novo/futuro Governo Regional que efetivamente se preocupe com o problema da alterações climáticas e com políticas públicas que travem a destruição do nosso sistema ecológico regional, mas também do sistema ecológico global".