Se a culpa não é do PSD, é de quem?
1. “Ao longo desta crise política, o PSD foi sempre solução. Não foi o PSD que criou a crise política (…)”. Palavras de Bruno Melim, líder da JSD-Madeira, à Comunicação Social.
Será que a “escolinha PSD” não ensina que a credibilidade política está na ética e na transparência dos atos dos governantes e nas ações governativas? O que se passou na Madeira tem tudo a ver com a governação PSD porque é o único partido que governa a Região há 48 anos! O PSD-Madeira, devido às suas opções governativas e consequências das mesmas, criou a situação económica, financeira e social que vivemos hoje! A pobreza, outros problemas sociais e os problemas na Saúde (como as listas de espera para cirurgia, exames e consultas de especialidade), bem como as suspeitas de corrupção e supostos favorecimentos a grupos empresariais em detrimento de outros, estão a acontecer no âmbito da governação PSD: Governo Regional e Câmara Municipal do Funchal. Não existe ninguém mais culpado pela crise política que existe na Madeira que o próprio PSD-Madeira!
2. Programa Gás Solidário suspenso! Uma medida anunciada com pompa e circunstância pelo Governo Regional PSD/CDS, o Programa Gás Solidário, que devido à atual situação de crise política que se verifica na Região, está suspenso sem previsão de uma data de retorno. Isto, depois do Governo Regional PSD/CDS terem aprovado em dezembro de 2023 um reforço de 60 mil euros para este programa. Afinal, reforçou-se um programa de apoio social para famílias carenciadas, para nada!
3. A tutela do Serviço Regional de Saúde da Madeira, tem muita dificuldade em reconhecer o que de menos bom vai neste Serviço de Saúde. Uma atitude partilhada pela maioria parlamentar do PSD/CDS. A verdade é que não conseguem esconder os 221 utentes no Hospital em situação de altas problemáticas e que causam problemas para o internamento de doentes; a falta de medicação no Hospital; o grave problema das listas de espera para cirurgia, consultas de especialidade e exames, que afetam milhares de doentes em lista de espera; os doentes em corredores à espera para internamento; as constantes avarias em aparelhos fundamentais para o bom funcionamento do Hospital; a falta de pessoal no Serviço Regional de Saúde. E muitas outras.
4. A Câmara Municipal do Funchal suspendeu o apoio aos idosos e pensionistas para aquisição de medicação? A verdade é que deixaram de receber os 30 euros que ajudam na compra dos medicamentos! Porque será? Não há verba?!
5. O Representante da República na Madeira adia solução e remete decisão para o Presidente da República sobre o “imbróglio governativo” em que mergulhou a Região Autónoma da Madeira. A decisão depende do presidente da República! O Representante da República na Madeira “lavou as mãos” e fica o Povo a aguardar, impávido e sereno, que um “desgoverno regional” continue numa situação de “desgovernação” (porque se antes já não governava para o Povo, então agora!...) e chegue ao dia 24 de março para se saber o rumo e futuro para Madeira! Pelo meio, a 10 de março, temos as eleições para a Assembleia da República que poderão, ou não, influenciar a decisão do Presidente da República.