Albuquerque candidato às directas marcadas para 21 de Março
Miguel Albuquerque será candidato às eleições para a liderança do PSD-M que serão marcadas para 21 de Março, 3 dias antes da decisão de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a eventual dissolução do parlamento regional. Um Congresso e eleições para a liderança que resultam da necessidade de clarificação da actual crise política.
Albuquerque diz que tem todas as condições para continuar e acusa a oposição socialista de fazer "denúncias anónimas" que diz serem "falsas" e que não têm qualquer fundo de verdade. Denúncias que, segundo líder social-democrata, deram origem ao processo e à operação que fez com que três arguidos estivessem 22 dias detidos e em que o próprio presidente do Governo Regional foi constituído arguido. Disse que dirigentes socialistas até já tinham assumido essas denúncias.
O PS, acusa, "pretende obter por via indirecta" o que nunca conseguiu nas urnas.
O líder do PSD, que falava depois da reunião da comissão política, diz que a decisão do juiz de instrução foi clara e que alterou as circunstâncias que levaram ao seu pedido de demissão. Agora, garante, está em condições para voltar a ser candidato à liderança do partido.
O PSD vai reunir o Conselho regional a 21 de Fevereiro (quarta-feira) e as listas de candidatos têm de ser entregues até 29 de Fevereiro. As directas serão a 21 de Março e o Congresso será marcado para 20 e 21 de Abril.
"Tenho todas as condições políticas, nunca fui comprado por ninguém em 30 anos de vida pública. Mantenho imaculada a minha capacidade política", afirmou.
Questionado sobre a sua condição de arguido e se iria pedir o levantamento da imunidade, lembrou que esta resulta do facto de ser membro do Conselho de Estado e bastará que o tribunal peça o levantamento, o que não fez.
Sobre a possibilidade de haver outros concorrentes à liderança, apenas garante que o partido é democrático.
"Se há dúvidas dentro do PSD é fundamental haver clarificação", afirmou Albuquerque que assegura que o seu partido "não tem medo de assumir as suas responsabilidades".
Confrontado com as afirmações de Alberto João Jardim que considerou que o tempo de Albuquerque afirmou: "Isso é a opinião dele".
Sobre Pedro Calado, a quem voltou a manifestar toda a solidariedade e lembra a "longa amizade", respeita "o recato" político que assumiu.
Já sobre as prováveis eleições regionais antecipadas, nãos e compromete com a manutenção da coligação com o CDS que estará dependente do que decidir a nova direcção do partido saída do congresso.