PSD já 'trabalha' cenário de congresso regional electivo
Calendário, estatutos, caneta e máquina calculadora. Tem sido estes objectos que muita utilidade têm dado nas últimas horas aos social-democratas que estudam e fazem contas e mais contas quando estamos a menos de 1 hora para a realização da Comissão Política do PSD-M. Tudo para ver se é possível realizar com congresso electivo, de consagração do líder, sem ferir quaisquer ilegalidades estatutárias nem queimar etapas. E o tempo é escasso. Demasiado curto.
Partindo do pressuposto que Marcelo Rebelo de Sousa marcará eleições e que o acto eleitoral poderá ser a 26 de Maio, conforme especulou Luís Marques Mendes no seu espaço de opinião na SIC, o DIÁRIO sabe que um dos cenários que ganha mais força é a marcação de um congresso. E a ser esse o caminho, defendem um grupo de correligionários, deverá ser antes de um acto eleitoral para as Regionais. Com marcação de Conselho Regional, marcação das directas e Congresso.
Mas o tema está longe de ser consensual porque do lado dos que querem a sessão magna do PSD-M, estão outros que acham que dificilmente serão cumpridos prazos regulamentares e aconselham à ponderação e à serenidade, ambas boas conselheiras em tempo de crise. Em última análise um pedido a Marcelo para que o acto dê margem para dar tempo aos social-democratas.
Têm sido horas e minutos de autêntico frenesim no interior no PSD-M, segundo o DIÁRIO conseguiu apurar, não estando de parte congresso tem sido trabalhado pelos mais altos dirigentes social-democratas ainda que nada esteja fechado. No entanto é preciso olhar para o calendário, olhar para o que dizem os estatutos e fazer contas para que nada falhe.
Essa decisão caberá em última instância ao presidente dos social-democratas que estuda todas as hipóteses, uma vez que já aceitou continuar num governo de gestão proposto pelo Representante da República no passado sábado.
Também é sabido que Miguel Albuquerque gostaria de continuar para além de um governo de gestão e para isso estuda igualmente um cenário de uma recandidatura. Nessa linha de raciocínio pretende ver quem entra na corrida contra si. Haverá candidato? Essa é a outra pergunta para ‘jackpot’.