Taxa de juro no crédito à habitação continua a subir na Madeira
Em Janeiro de 2024 subiu para 4,771%, implicando que o montante pago à banca também tenha subido
A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a subir em Janeiro de 2024 para 4,771%, sendo que na média do mês anterior subiu dos 4,720% e da média do mesmo mês de 2023 subiu dos 2,258%, representando neste caso um aumento de 111,3%. Ou seja a taxa de juro está hoje mais do que duplicado ao que ocorria há um ano.
Em termos da prestação, diz o INE, ascende a 417 euros, em média, mais seis euros do que no mês de Dezembro de 2023 e mais 86 euros do que em Janeiro do ano passado. Em termos percentuais verifica-se pois um aumento de quase 26%.
Ambos os casos - taxa e prestação média - atingiram os valores mais altos em quase 15 anos, ou seja desde Março de 2009.
Tanto o capital amortizado como os juros totais pagos aumentaram, só que o primeiro aumentou apenas 1 euro (de 165 para 166 euros), enquanto segundo cresceu 5 euros (de 246 para 251).
Contudo, nem ao nível de capital em dívida, os madeirenses têm os valores mais altos (64.097 euros e a crescer há nove meses consecutivos), 'troféu' que fica para os continentais (65.018 euros), nem ao nível da taxa de juro mais alta, pois essa fica com os Açores, cujas taxas fixaram-se nos 4,808%.
"A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 4,657% em Janeiro de 2024, o valor mais elevado desde Março de 2009, traduzindo uma subida de 6,4 pontos base (p.b.) face a Dezembro de 2023 (4,593%)", informa o INE para a média nacional.
"Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pela terceira vez consecutiva, passando de 4,342% em Dezembro de 2023 para 4,315% em Janeiro de 2024", explicita. "A prestação média fixou-se em 404 euros em Janeiro de 2024, o valor máximo desde o início da série (Janeiro de 2009), mais 4 euros que em Dezembro de 2023 e mais 89 euros que em Janeiro de 2023, o que traduz um aumento mensal de 1,0% (igual ao do mês anterior)".
Também "no último mês, a parcela relativa a juros representou 61% da prestação média, o que compara com 36% em Janeiro de 2023. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu 12 euros face ao mês anterior, para 639 euros em Janeiro de 2024, o que corresponde a um aumento de 20,3% face ao mesmo mês do ano anterior. O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 193 euros, para 64.790 euros", conclui o INE.