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eleições legislativas Madeira

Aumento dos salários e redução do horário de trabalho são propostas chave do projecto da CDU

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Maria José Afonseca, esteve, hoje, no Caniçal, para defender a valorização dos trabalhadores da Região Autónoma da Madeira

"Os compromissos da CDU com a defesa dos trabalhadores e dos seus direitos é marca distintiva da nossa candidatura, é um elemento chave do projeto da CDU", afirmou hoje Maria José Afonseca, em campanha na freguesia do Caniçal.

A número dois da lista a CDU-M às Eleições Legislativas Nacionais apontou o aumento geral dos salários como "uma prioridade para o desenvolvimento". "O aumento geral dos salários, com o consequente aumento do salário médio, além de contribuir para uma mais justa distribuição da riqueza, tem impactos positivos na produtividade, na dinamização do mercado interno, na criação de emprego e na obtenção de mais receita para a Segurança Social, sustentou.

Outro tópico apontado por Maria José Afonseca foi o "firme combate à desregulação dos horários, ao abusivo recurso a horários por turnos e nocturnos, de forma a proteger a segurança e saúde dos trabalhadores".

Para a CDU "é incompreensível que Portugal seja, no contexto europeu, um dos países onde se praticam horários mais desregulados", peloq ue o partido defende, por exemplo, "fixar o horário de trabalho tendo como máximo as 35 horas semanais para todos os trabalhadores, sem perda de remuneração nem de outros direitos".

Ainda a este propósito, disse ser "urgente a revogação de todas as normas que implementam regimes de bancos de horas e de adaptabilidade, que só serve os interesses do patronato, que para além de desregular os horários, aumenta a jornada de trabalho diário e semanal aos trabalhadores sem qualquer remuneração", explicou Maria José Afonseca.

Para a CDU a defesa dos trabalhadores da Região passa ainda por alterar o Código de Trabalho, "que tem contado com o apoio cego quer do PS, quer do PSD". "Quer no Governo da República, quer no Governo Regional, quer na Madeira, quer em Lisboa, PS e PSD estiveram sempre de mãos dadas no ataque aos direitos e interesses dos trabalhadores», que resultou na implementação da precariedade laboral", criticou.

Acerca das necessárias alterações ao Código de Trabalho, Maria José Afonseca disse ainda que "a CDU não dará descanso ao PS e ao PSD até que sejam revogadas as normas gravosas do Código de Trabalho e da Lei do Trabalho em Funções Pública, no que diz respeito à limitação do direito de contratação colectiva as que permitem a desregulação dos horários de trabalho, assim como a reposição da norma do tratamento mais favorável ao trabalhador, a reposição dos valores das indemnizações a pagar aos trabalhadores pelos despedimentos colectivos, por extinção de postos de trabalho ou por inadaptação, que vieram facilitar os despedimentos”.

"Para a CDU, o combate à precariedade laboral, à valorização do trabalho e dos trabalhadores, passa também por uma outra política de defesa dos trabalhadores, que garanta que a um posto de trabalho permanente obrigatoriamente tem de obedecer a um contrato de trabalho efectivo e não a contratos a prazo ou programas de ocupação ou estágios", acrescentou.