'Madeira Primeiro' insiste que Estado deve financiar meio aéreo de combate a incêndios
A candidatura 'Madeira Primeiro' quer que o Estado assuma, de uma vez por todas, os custos do combate aos incêndios por meios aéreos na Madeira, que até à data tem sido pago pelos cofres da Região. Hoje, pela voz da candidata Paula Margarido e junto às instalações do Serviço Regional de Proteção Civil, o tem voltou a ser abordado, entendendo que há "necessidade do Governo da República assegurar, integralmente, os custos com o helicóptero que continuam a ser suportados pelo Governo Regional, por forma a corrigir o que considera ser uma "tremenda injustiça" face ao que sucede no resto do País.
"Injustiça essa que representa um investimento assumido, pelo Orçamento da Região, na ordem do milhão e meio de euros por ano, verbas que poderiam ser canalizadas 'para defender outros direitos, liberdades e garantias dos nossos cidadãos'", cita uma nota da candidatura.
"A verdade é que há uma discriminação relativamente ao que se passa no continente e na Região Autónoma da Madeira no que respeita ao combate aos incêndios rurais e, também, na salvaguarda e no resgate de pessoas em terra, uma vez que, enquanto aqui o helicóptero é pago pelo Orçamento da Região, no continente quem suporta esses encargos é o Estado", frisou Paula Margarido, criticando o facto dos "deputados socialistas eleitos pela Madeira terem votado mais uma vez contra esta proposta, no último Orçamento do Estado – proposta essa já defendida há muito pelo PSD/M na República – acompanhando, assim, o sentido de voto do partido a nível nacional e prejudicando os madeirenses", recorda a candidata.
Paula Margarido ironizou, lamentando "o facto de termos 'um Estado padrasto, que tem filhos legítimos e ilegítimos, quando a legitimidade e a ilegitimidade já desapareceram há muito do nosso Código Civil' e garantiu que esta é uma das matérias que a candidatura 'Madeira Primeiro' continuará a reivindicar na Assembleia da República, estando em causa uma área tão sensível e da maior importância como é a defesa da vida Humana", acrescenta a nota.
E termina, lembrando que "'se os incêndios já são um flagelo no Continente, imagine-se o que é numa Região como a nossa, em que, para além das pessoas, o Turismo, a paisagem que se vende e atrai e que resulta em emprego para a Região, saem gravemente prejudicados se não tivermos os meios de combate ao nosso dispor', rematou, por fim, a candidata, não sem antes ter deixado uma palavra de reconhecimento ao trabalho meritório que o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira tem desenvolvido em prol da segurança de pessoas e bens", conclui a nota da candidatura.