Retirada do exército de Avdiivka foi uma "decisão justa"
"Se o Sr. Trump vier, estou até disposto a ir com ele para a linha da frente", disse Zelensky
A retirada do exército ucraniano da cidade Avdiivka foi uma "decisão justa" para "salvar o maior número de vidas possível", numa altura em que os soldados lutam para resistir ao ataque das tropas russas, defendeu hoje o presidente ucraniano.
"Foi uma decisão profissional para salvar o maior número de vidas possível (...) foi uma decisão justa", sublinhou Volodymyr Zelensky na Conferência de Segurança de Munique, no sul da Alemanha.
Durante o seu discurso, Zelensky afirmou que as ações das tropas do seu país na linha da frente são limitadas apenas pela falta de munições e mísseis de longo alcance do Ocidente, permitindo à Rússia adaptar-se à situação no campo de batalha.
"As nossas ações são limitadas apenas pela eficácia e pelo alcance das nossas forças. Avdivka é o teste", afirmou, após as tropas de Kiev se retiraram da cidade oriental na noite de sexta-feira.
"A Ucrânia demonstrou que pode forçar a Rússia a retirar-se e que é capaz de restabelecer as regras. Podemos recuperar o nosso território e (o Presidente russo Vladimir) Putin pode perder, o que já aconteceu mais do que uma vez no campo de batalha", reforçou.
Zelensky sublinhou ainda que "manter a Ucrânia artificialmente desprovida de armas, em particular de artilharia e de capacidades de longo alcance, permite a Putin adaptar-se à atual intensidade da guerra".
Na sua intervenção na conferência, o presidente ucraniano renovou o convite ao ex-presidente norte-americano e favorito à reeleição pelo Partido Republicano Donald Trump para visitar a Ucrânia, oferecendo-se para acompanhá-lo pessoalmente à zona de combate para entender melhor a guerra.
"Se o Sr. Trump vier, estou até disposto a ir com ele para a linha da frente", disse Zelensky durante um discurso na Conferência de Segurança de Munique.