Alberto João Jardim fala em "provocação ao povo madeirense"
Antigo presidente do Governo Regional pede reforma dos tribunais administrativos, do Ministério Público e da Polícia Judiciária
Em causa a polémica criada em torno do megaprocesso de investigação judicial sobre alegada corrupção na Madeira, no âmbito do qual ontem foi decretada a libertação dos arquidos pelo juiz de instrução por não existirem indícios dos crimes de que são acusados pelo Ministério Público.
O antigo presidente do Governo Regional não se tem coibido de comentar a actualidade política regional, servindo-se frequentemente das redes sociais, nomeadamente o X (antigo Twitter) para marcar a sua posição.
Desta vez, e perante a decisão de o juiz de instrução ter dedicido pela libertação dos arguidos do processo sobre alegada corrupção na Madeira, Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia, Alberto João Jardim veio criticar o papel dos tribunais e do Ministério Público.
"Por acção do Ministério Público caíu um Governo da República, um Governo Regional, o presidente da maior Câmara da Madeira e degolar-se-ia a estratégia autonómica de substituir o poder económico exterior por um poder económico madeirense", diz o antigo governante madeirense.
Realçando o facto de todos eles terem sido postos em liberdade, Jardim pede a reforma de várias estruturas, nomeadamente dos tribunais, o Ministério Público ou a Polícia Judiciária, não sem antes criticar o dinheiro gasto no que diz ser uma "provocação ao povo madeirense".
É preciso, entende, "intervir" e "reformar" tais organismos.
Desde o início da investigação e consequente crise política regional, Alberto João Jardim apressou-se a 'reivindicar' a realização de eleições antecipadas na Madeira, exigência que não sabemos que o antigo governante mantém perante os novos desenvolvimentos de todo o processo.