Augusto Santos Silva declara-se “perplexo” com detenção de arguidos durante 21 dias
Foi numa entrevista à rádio Renascença que o presidente da Assembleia da República declarou-se "perplexo" com a detenção ao longo de 21 dias, de três arguidos na investigação a alegada corrupção na Madeira. Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia estiveram privados de liberdade durante mais de 20 dias, até que o juiz de Instrução conclui que os elementos da acusação não justificavam a privação da liberdade.
Augusto Santos Silva considera ser necessária uma reflexão muito profunda sobre as condições, em seu entender, demasiado fáceis, com que se priva da liberdade os cidadãos, em Portugal.
"O presidente da Assembleia da República recorda outros casos, como as buscas à sede do PSD, à casa de Rui Rio, mas também os meses já passados desde o parágrafo da Procuradoria Geral da República que levou António Costa a apresentar a demissão, sem que exista noticia de qualquer desenvolvimento", indica a Renascença.