Bruxelas vê Portugal a crescer 1,2% em 2024 e 1,8% em 2025
A Comissão Europeia prevê que o PIB português cresça 1,2% em 2024 e 1,8% em 2025, uma revisão em baixa de uma décima para este ano, mas acima da média da zona euro e da União Europeia.
Nas previsões económicas de inverno, contudo, Bruxelas coloca Portugal, entre os países da moeda única, com o segundo maior abrandamento do ritmo de crescimento entre 2023 e 2024 (1,1 pontos percentuais), apenas ultrapassado por Malta (1,5 pontos percentuais).
O executivo comunitário prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português passe de 2,3% em 2023 para 1,2% em 2024 e 1,8% em 2025, quando nas previsões de outono projetava um crescimento em 2024 de 1,3%.
O crescimento fixa-se acima da média da zona euro, para a qual espera um crescimento de 0,8% em 2024 e 1,5% em 2025, e da União Europeia, para onde prevê 0,9% em 2023 e de 1,7% em 2025.
Bruxelas assinala que o crescimento em Portugal deverá "continuar moderado no início de 2024", afetado pela "fraca procura por parte dos principais parceiros comerciais" e só aumente gradualmente posteriormente.
Neste sentido, prevê um crescimento em cadeia de 0,3% no primeiro e segundo trimestres deste ano e de 0,4% no terceiro e quarto trimestres.
Na globalidade dos dois anos, "o consumo privado deverá beneficiar de um aumento constante do emprego e dos salários", compensando em grande parte as despesas mais elevadas das famílias com as prestações do crédito à habitação, enquanto a implementação em curso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) continua a apoiar o investimento.
No setor externo, as importações deverão superar as exportações.
No Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o Ministério das Finanças prevê um crescimento do PIB de 1,5% este ano, tal como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Entre as principais instituições económicas nacionais e internacionais, para 2024, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) projeta uma expansão do PIB de 1,6%, enquanto o Banco de Portugal de Portugal (BdP) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 1,2%.