"A justiça compete à Justiça, a nossa obrigação é aceitar"
O líder da Iniciativa Liberal na Madeira entende que não se deve pronunciar sobre a decisão do juiz que decidiu libertar os três suspeitos de corrupção na Madeira, considerando Nuno Morna que "a justiça compete à Justiça", pelo que "a nossa obrigação é aceitar" a decisão, mas não se coibiu de comentar a ilação política que deve tirar do caso.
Para o deputado regional, "há coisas que não estão bem", aliás "estão mal", porque a questão dos 21 dias de detenção "é um abuso da própria Justiça, ao arrepio daquilo que a própria Justiça tem de cumprir", lamentou.
Contudo, na dimensão política do caso, Nuno Morna entende que "há coisas que têm de ser explicadas", nomeadamente "como é que há um pessoa que desenvolve actividade política e pública põe motoristas a lhe depositarem dinheiro nas contas, toda a questão dos dinheiros encontrados de modo avulso e espalhados pelas casas e escritórios, em contas de familiares. Isso tem de ser explicado. Não acho que seja uma coisa que dignifique a actividade política e pública de uma pessoa que não só deve ser, como deve parecer", conclui.