Eleições legislativas
Vivemos e muitos, muitos sobrevivem governados por uma classe dominante, consubstanciada numa elite de políticos privilegiados, que não vão à fábrica
nem ao campo nem contacta com os pescadores, sendo todos estes uma multidão cada vez mais pobre e desprovida de direitos. Tudo isto faz uma democracia escangalhada - de facto!
Acompanho os debates eleitorais, na TV, entre os candidatos líderes dos partidos. Deveriam, com verdade, priorizar soluções, alternativas e formas de progresso. Estão longe, com excepções. Se, André Ventura, Chega, prima pelo embate, dizendo tudo e o seu contrário, dá tudo a todos, interrompendo abruptamente os opositores. É um condenado à solidão. Rui Rocha, IL, da direita extremada, põe no mercado a resolução de tudo. É um «Chega» envernizado. A AD, melhor dizendo, o PSD, ressuscitou o seu acólito, CDS, desaparecido e irrelevante e um PPM, que nem 300 votos obteve nas últimas eleições(!). Não vai ganhar as eleições mas, poderá governar com o apoio do Chega. O PS, não é alternativa, continua alternância.
É inqualificável, (até 12.02), nunca se ter aflorado a Educação Pública. De Cultura, também nada se abordou. Sabemos que a Cultura é um eixo fundamental da
sociedade. Um Povo culto é insubmisso, questionador e mais feliz. Uma palavra de apreço para Paulo Raimundo, CDU, que teve o asseio e objectividade políticas em sugerir, às direções das televisões, para que a Cultura faça parte dos debates, aquando do confronto com, Mariana Mortágua, que corroborou, e bem, da ideia.
Dizem-nos, em modo overdose, que o Povo é quem mais ordena mas, não manda nada! Os políticos só se lembram da populaça quando há eleições.
Nesta imposta mediocridade política, a abstenção voltará a vencer. Com maioria absoluta?!
Vítor Colaço Santos