Candidato da corrupção
André Ventura (AV) elegeu a corrupção como a sua principal e praticamente única bandeira eleitoral, como se o futuro de Portugal e dos portugueses dependesse apenas e só disso.
Percebe-se já que é um domínio político com impacto mediático junto dos seus correligionários fascistas, a sua principal base de apoio partidário, bem como dos incautos que acham que a democracia é algo de somenos e que não merece ser preservada, ignorando o que se passa atualmente na Rússia onde um autocrata com apoio das forças armadas e de segurança minou a independência dos órgãos judiciais num atentado contra a liberdade e a democracia, afastando prendendo e assassinando os seus opositores políticos, permitindo que se instale a pior corrupção de todas a que decorre dos regimes ditatoriais ou autocráticos.
Quando AV brama contra a corrupção não está mais do que a cavalgar o populismo rasteiro da atual onda mediática que decorre das investigações judiciais em curso.
Essas investigações são aliás a prova da verdadeira luta contra a corrupção que está a ser levada a cabo com êxito pelos órgãos do nosso regime democrático legalmente incumbidos disso, que são as forças policiais de investigação o MP e os tribunais.
Nas autocracias tão do agrado de AV, prova-o o seu apoio explícito a políticos como Bolsonaro, Trump, Orban e só não apoia por enquanto Putin, o amigo de Trump, porque iria custar-lhe uma mão cheia de votos, a luta contra a corrupção é uma falácia e serve apenas para afastar, prender e assassinar os adversários políticos.
Só em democracia onde há efetiva separação entre os poderes executivo (governo) e o poder judicial, com órgãos de investigação independentes é que a luta contra a corrupção está devidamente assegurada.
Nem AV nem o Chega foram nem são minimamente necessários para esse combate contra a corrupção já em curso no nosso regime democrático.
Um voto no Chega não é apenas um voto no PS, pior do que isso, é um voto pró-fascista e antidemocrático.
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